Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) – A Coreia do Norte rejeitou nesta terça-feira um comunicado do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o lançamento de míssil que realizou no final de semana e declarou que todos seus testes são “medidas de legítima defesa” concebidas para proteger seu povo.
Na segunda-feira o Conselho de Segurança criticou o lançamento do míssil, pedindo a seus membros que “redobrem esforços” para aplicar sanções contra a Coreia do Norte, mas não deu sinais de quais ações pode adotar.
Han Tae Song, o novo embaixador da República Democrática Popular da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte, na ONU em Genebra, falou na Conferência sobre o Desarmamento um dia depois de assumir o posto.
“Os vários disparos de teste realizados pela RDPC para criar mecanismos de legítima defesa são, sem exceção, medidas de legítima defesa para proteger a soberania nacional e a segurança do povo contra ameaças diretas de forças hostis”, disse Han ao fórum de 61 países.
“O teste de lançamento bem sucedido de um míssil de alcance médio para longo em 12 de fevereiro é parte das medidas de legítima defesa”, afirmou. “A este respeito, minha delegação rejeita enfaticamente o comunicado mais recente do Conselho de Segurança da ONU e todas as resoluções da ONU contra meu país.”
Han disse que a península coreana dividida “continua sendo a área mais perigosa do mundo, com um risco constante de guerra”.
Ele criticou os exercícios militares conjuntos realizados anualmente pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos, assim como o que chamou de “ameaças nucleares” e chantagem direcionadas à sua nação.
“É direito legítimo de autodefesa do Estado soberano possuir meios de dissuasão fortes para lidar com tal ameaça de forças hostis que visam depor o Estado e o sistema socialista”, disse.
A Coreia do Norte compartilha com a humanidade o objetivo comum e global da desnuclearização, segundo Han.
“A RDPC apoia esforços globais para a desnuclearização e a eliminação completa das armas nucleares, e desempenhamos um papel responsável para contribuir para a obtenção da desnuclearização global”, disse.