Moradores da região foram alertados para tomar as precauções necessárias de segurança; premiê japonês promete tomar as medidas necessárias
O projétil sobrevoou a Ilha de Hokkaido e se desmanchou em três partes antes de cair no Oceano Pacífico.
Em rápido pronunciamento à imprensa, o premiê japonês, Shinzo Abe, prometeu tomar os maiores esforços para proteger o público japonês. O sistema de alertas de antimíssil do governo japonês, que orienta a população a se proteger em situações como essa, foi acionado. As Forças de Autodefesa do Japão não abateram o projétil, que se desmanchou em três antes de cair no mar.
De acordo com os militares sul-coreanos, o míssil partiu na direção do Mar do Japão, também conhecido como Mar do Leste, e sobrevoou o território japonês na Ilha de Hokkaido, a mais setentrional do arquipélago. O Pentágono também confirmou que o projétil sobrevoou o território japonês.
“Nós podemos confirmar que um míssil lançado pela Coreia do Norte sobrevoou o território japonês”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa americano, coronel Robert Manning. “Os Estados Unidos estão examinando as informações, mas o míssil não representa uma ameaça para a América do Norte.”
Os mísseis foram lançados às 5h58 da manhã de terça (horário do Japão). Um deles sobrevoou Hokkaido às 6h50 da manhã. O míssil voou 2,7 mil quilômetros antes de cair no Pacífico. Em 1998, a Coreia do Norte fez um lançamento similar.
O lançamento ocorre dias depois de a Coreia do Norte ter feito testes com mísseis de curto alcance. No final de julho, o país testou um míssil balístico intercontinental (ICBM) e ameaçou atacar a Ilha de Guam, um território americano no Pacífico, depois de obter a capacidade de miniaturizar ogivas nucleares.
Kim Jong-un disse na ocasião que o míssil destinado a atingir Guam sobrevoaria o Japão durante o voo. O trajeto descrito pelo regime, no entanto, incluía províncias mais ao sul, como Hiroshima. Nos últimos dias, no entanto, os norte-coreanos deram sinais de que tinham desistido da ameaça ao prometer “observar os yankees por um pouco mais de tempo”.
Durante a troca de ameaças com Kim Jong-un, o presidente americano, Donald Trump, prometeu responder com “fogo e fúria” à ameaça do regime. “Coisas impensáveis acontecerão com eles se atacarem os Estados Unidos ou seus aliados”, disse.
Apesar da retórica agressiva, com o auxílio da China, os Estados Unidos têm trabalhado para ampliar a pressão contra a Coreia do Norte.
No começo do mês, o Conselho de Segurança da ONU aprovou novas sanções contra Pyongyang, que implicam uma queda de até US$ 1 bilhão por ano as receitas que o país obtém com exportações.
Segundo o texto, negociado entre EUA e China, o governo norte-coreano não poderá exportar, direta ou indiretamente, carvão, ferro, chumbo e produtos de pesca. “Todos os países deverão garantir que suas empresas e cidadãos não adquiram esses produtos de setores-chave da economia norte-coreana”.
FONTE: O Estado de SP
FOTO: Ilustrativa