Regime comunista chama manobras militares na península e lobby americano por mais sanções de provocação e alerta que pode fazer exercício militar com bomba atômica a qualquer momento.
Há décadas o regime não realiza tantos testes militares, e observadores acreditam que os norte-coreanos evoluíram no desenvolvimento de mísseis de longo alcance e disparados por submarinos.
Nas últimas semanas, cresceram as suspeitas de que o país estaria preparando um teste de míssil de longo alcance ou seu sexto teste nuclear. Nesta segunda, Pyongyang alertou que impulsionará “a velocidade máxima” seu programa atômico.
“Agora que os EUA estão fazendo muito ruído a favor de mais sanções e pressão contra a República Popular Democrática da Coreia, de acordo com sua nova política de máxima pressão (…) vamos acelerar ao máximo as medidas para reforçar o programa nuclear”, diz um comunicado do Ministério do Exterior.
Embora tente, aos poucos, se distanciar da retórica de guerra, o governo Trump reitera com frequência que não descarta uma ação militar na península.
No sábado, a Coreia do Norte testou um míssil balístico pouco depois de o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, ter alertado que, se o país não paralisar o seu programa nuclear, poderá sofrer “consequências catastróficas”.
Autoridades dos EUA e da Coreia do Sul disseram que o teste falhou, no que seria o quarto fracasso dos norte-coreanos em testes de mísseis desde março. O teste foi realizado no momento em que o porta-aviões USS Carl Vinson e a armada que o acompanha chegaram à península das Coreias.
No domingo, os Exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos finalizaram suas manobras anuais conjuntas, que neste ano foram as maiores que já aconteceram.
A Coreia do Norte realizou um total de cinco testes nucleares desde 2006, os dois últimos em janeiro e setembro de 2016. O regime de Kim Jong-un sempre justificou sobre programa de armas nucleares como uma medida de proteção frente ao que considera uma atitude hostil de Washington, a quem acusam repetidamente de realizar exercícios militares na Península de Coreia com o objetivo de invadir o país.
FONTE: DW