Com apoio de milícias curdas e da coalizão americana, forças iraquianas tentam expulsar extremistas de seu último grande bastião no país. Cidade está há dois anos sob poder do EI.
Em mensagem dirigida aos “filhos do Iraque e Nineveh”, província onde se localiza a cidade, o primeiro-ministro Haider al Abadi afirmou que “em breve vocês hastearão a bandeira de Mossul no centro de Mossul e em todas as cidades e povoados”. Ele pediu à população que colabore com as forças de segurança.
O premiê destacou que a operação é comandada pelo Exército iraquiano e pela Polícia Nacional, e que nenhuma outra força vai entrar em Mossul – se referindo a outros grupos que também tomam parte na ofensiva.
As forças que combatem os jihadistas incluem, além do Exército iraquiano com unidades multiétnicas e multissectárias, as Forças de Mobilização Popular (Hashd al-Shaabi), majoritariamente xiitas, milícias regionais sunitas e os combatentes curdos peshmerga.
As operações para a retomada de Mossul se iniciam após um mês de preparações. Na semana passada, o último bastião de resistência do EI no Iraque se viu cercado por mais de 60 mil soldados. Estima-se que os jihadistas tenham entre 4 e 6 mil combatentes na cidade.
Especialistas preveem que, apesar da superioridade numérica das forças pró-governo, a batalha por Mossul deverá se estender por diversos meses e que possivelmente será a mais sangrenta desde a ascensão do EI.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, disse que a operação é um “momento decisivo na campanha” contra o EI, e assegurou que seu país e os demais membros da coalizão internacional permanecem de prontidão para ajudar as tropas iraquianas “na difícil luta que têm pela frente”.
No domingo, o Exército iraquiano espalhou milhares de panfletos sobre a cidade, alertando os moradores que a preparação para a ofensiva estava na fase final e assegurando que os civis serão poupados.
Mossul, com mais de um milhão de habitantes, está sob poder do EI desde meados de 2014. O primeiro-ministro Abadi afirmou que 2016 será “o ano do final do terrorismo e da organização Daesh”.
FONTE e FOTO: DW