China reivindica território da Índia emitindo vistos

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A prática ameaça a carreira de esporte de atletas regionais

Militares indianos fazem vigília na passagem Bumla, na fronteira Índia-China em Arunachal Pradesh. Bumla é o último posto do exército indiano na fronteira Índia-China, numa altitude de 4,8 mil metros acima do nível do mar (Biju Boro/AFP/Getty Images)

Militares indianos fazem vigília na passagem Bumla, na fronteira Índia-China em Arunachal Pradesh. Bumla é o último posto do exército indiano na fronteira Índia-China, numa altitude de 4,8 mil metros acima do nível do mar (Biju Boro/AFP/Getty Images)

China reivindica território da Índia: A Índia apresentou um forte protesto à China por esta conceder vistos a dois arqueiros indianos adolescentes de Arunachal Pradesh, impedindo-os de viajar à China para um campeonato mundial.

A ação da embaixada chinesa que ocorre dias antes da visita do primeiro-ministro indiano a Pequim é vista como mais uma tentativa do regime comunista de marcar sua autoridade sobre a fronteira do território indiano de Arunachal Pradesh.

Maselo Mihu e Sorang Yumi, ambos de 14 anos, faziam parte do grupo de 24 membros do Campeonato Mundial Jovem de Tiro com Arco, programado para 13-20 de outubro em Wuxi, China. Eles não foram capazes de embarcar num voo para a China do Aeroporto Internacional Indira Gandhi em Nova Déli em 10 de outubro quando as autoridades de imigração se recusaram a aprová-los devido aos vistos em seus passaportes.

O vice-presidente da Associação de Tiro com Arco da Índia (AAI), Kiren Rijiju, disse à Press Trust of India (PTI) que os arqueiros foram impedidos de prosseguir no balcão de imigração e que o assunto terminou ali mesmo.

“Os arunachalis são cidadãos indianos. Como a Índia aceitaria que seus cidadãos tivessem vistos emitidos pela embaixada da China? Fazer isso significaria que a Índia aceita a alegação da China de que Arunachal Pradesh é um território disputado”, disse Rijiju.

Arunachal Pradesh está localizado no nordeste da Índia e faz fronteira internacional com o Butão, Mianmar e China. O regime comunista chinês reivindica a maioria do estado como parte do Tibete e chama-o de Sul Tibetano, classificando a região como uma área de “disputa”.

Rijiju pediu ao primeiro-ministro indiano Dr. Manmohan Singh que levantasse a questão a seu homólogo chinês na próxima visita a Pequim e que tomasse fortes medidas contra a China por emitir vistos para chineses de outras províncias que enfrentam disputas territoriais.

“O primeiro-ministro deve abordar a questão dos vistos com a China. A cada dia fica mais complicado. Ele deve dizer à liderança chinesa que Arunachal Pradesh é parte integrante da Índia. A concessão de vistos é inaceitável”, disse Rijiju à PTI.

Os arqueiros iniciantes ficaram impotentes vendo seu sonho de participar na competição mundial ser perdido. “Somos muito jovens e não podemos fazer nada. Esperamos que este problema seja resolvido. O que podemos dizer mais do que isso? Além de nós, outros desportistas do nosso estado continuarão a sofrer se isso continuar”, disse Yumi à PTI.

O incidente não foi o primeiro do tipo; anteriormente, desportistas e funcionários de Arunachal Pradesh não foram autorizados a viajar à China no contexto dos vistos. Em 2011, o secretário-adjunto indiano da Federação de Halterofilismo, Abraham K. Techi, e o levantador Yukar Sibi; e, em 2010, o atirador medalhista de ouro dos Jogos de Melbourne 2006, Pemba Tamang, foram negados permissão para viajar à China sob os mesmos fundamentos. Há alguns meses, um oficial da Força Aérea indiana de Arunachal Pradesh recebeu um visto da China, que o fez ter de cancelar sua visita.

Segundo a imprensa, o presidente da AAI, Vijay Kumar Malhotra, escreveu enfaticamente numa carta ao ministro das Relações Exteriores, Salman Khurshid, que a China tem frequentemente abusado de tais “atividades maliciosas desafiando a integridade territorial da Índia”. Ele pediu ao Ministério que peça esclarecimentos da embaixada chinesa por não permitir que os arqueiros da equipe indiana participassem no evento mundial.

“Várias vezes, a embaixada chinesa emitiu vistos para cidadãos indianos vindos de Jammu e Caxemira e Arunachal Pradesh, mas a reação de nosso governo sempre foi muda. Tem de haver uma resposta calculada e abrangente do governo indiano para esses truques sujos chineses”, disse Malhotra.

Fonte: Epoch Times

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