Por Matthew M. Burke e Hana Kusumoto
A China está expandindo seu estoque de armas nuclear para combater o crescimento semelhante feito pelos Estados Unidos, informou a imprensa. Os comentários apareceram no jornal diário oficial do Exército de Libertação do Povo (PLA), de acordo com o China Morning Post.
Enquanto o PLA diário disse que a China tem armas nucleares suficientes para evitar a “intimidação” por outras potências nucleares, é precisa melhorar o “contrapeso estratégico na região e manter o status da China como uma grande potência, e proteger a segurança nacional”, disse o relatório.
O Post disse que o comentário foi provavelmente em consequência da política nuclear do presidente Donald Trump, que vazou em janeiro para o Huffington Post. Nessa versão inicial do 2018 Nuclear Posture Review, o presidente supostamente exige a adição de armas nucleares de baixo rendimento para o arsenal dos EUA, afim de aumentar o efeito dissuasor, com a ideia de que as armas atuais dos EUA são muito poderosas para usar.
A NBC News informou em outubro que Trump pediu para aumentar em “dez vezes” no arsenal nuclear durante um encontro com alto escalão líderes de segurança nacional no verão passado. A revisão foi encomendada após Trump tomar posse, e a forma final do documento é esperada a qualquer momento.
Toshiyuki Shikata, um ex-tenente-general das Forças de Autodefesa do Japão, estudioso e especialista em defesa chamou o comentário de China de alarmante, mas não é nova, pois o Estado comunista tem procurado por muito tempo recuperar o atraso com os EUA, que tem um arsenal nuclear muito maior.
“Não é nenhuma surpresa que a China está em expansão de sua capacidade nuclear”, disse Shikata. “A China quer aumentar sua capacidade nuclear para estar no mesmo nível que os EUA. A direção de sua política não mudou e é alarmante para o Japão.”
Shikata disse que o esforço da China em aumentar seus braços nucleares, pode eventualmente levar a conversas mais ativas sobre o Japão possuir suas próprias armas nucleares, no entanto, mudar a Constituição japonesa para permitir operações ofensivas como um impedimento militar e desarmar a Coreia do Norte são assuntos mais urgentes, disse ele.
Shikata acredita que o impulso relatado de Trump para armas menores, mais facilmente implantáveis, entende-se como ideal para o Pacífico e teatros europeus, o que irá ajudar a proteger o Japão de seus vizinhos nucleares.
Especialistas esta semana afirmaram que é improvável que a China vá procurar um arsenal comparável em tamanho ao dos Estados Unidos, que algumas estimativas colocam a 25 vezes maior.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes