Por David Brunnstrom e Trinna Leong
KUALA LUMPUR (Reuters) – O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse nesta quarta-feira que Pequim paralisou trabalhos de criação de ilhas no Mar do Sul da China, e pediu que países da região agilizassem conversas sobre como os Estados que reivindicam áreas na região deveriam se comportar nas águas disputadas.
Em junho, a China informou que iria completar em breve parte dos trabalhos nas ilhas de Spratly, no Mar do Sul da China. As declarações do ministro durante um encontro regional em Kuala Lumpur pareceram projetados para aliviar tensões com outros países que reivindicam partes do mar, através do qual 5 trilhões de dólares em comércio passam a cada ano.
Pequim reivindica a maior parte das águas, enquanto as Filipinas, Vietnã, Malásia, Taiwan e Brunei possuem reivindicações sobrepostas.
Os Estados Unidos e Japão expressaram preocupação sobre a expansão chinesa no Mar do Sul da China, na qual suspeitam que tenha objetivo de ampliar seu alcance militar, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, levantou a questão com Wang na capital da Malásia.
“A China sempre está tentando se comprometer a trabalhar com os países preocupados a resolverem disputas por negociações pacíficas”, disse Wang a Kerry, de acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores da China.
Wang fez suas declarações às margens de reuniões envolvendo a associação de 10 membros das nações do Sudeste Asiático (Asean), onde as tensões sobre o Mar do Sul da China têm crescido. Quando perguntado por um repórter se a China poderia parar temporariamente os trabalhos na passagem estratégica, ele disse: “A China já parou. Pegue um avião e veja”.