Celso Amorim será convocado para falar sobre Gripen e a compra de mísseis dos EUA

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Brasília – O ministro da Defesa, Celso Amorim, será convocado pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para esclarecer a compra dos caças Gripen NG da Suécia, bem como as condições de compra dos mísseis Harpoon, dos Estados Unidos por cerca de US$ 9 milhões a unidade. A Índia adquiriu recentemente um lote do mesmo míssil por US$ 4,4 milhões. O requerimento é do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP).

De acordo com o parlamentar, o Harpoon Block II, na versão AGM-84L, cobre distância superior a 125 quilômetros. A ogiva de ataque pesa 221 quilos. Na sua avaliação, o ministro da Defesa precisa esclarecer as razões que levariam o Brasil a comprar um produto por quase o dobro do preço pago por outro país, neste caso, um sócio nos BRICS.

Em relação ao Gripen NG, Mendes Thame está preocupado com o futuro da parceria depois que a Suíça decidiu cancelar a compra do avião por meio de plebiscito. Ele acredita que a decisão gera uma série de incertezas em relação à parceria entre Brasil e Suécia. O Brasil acabou como único cliente da Saab para um avião que sequer existe.

Até a assinatura do contrato, a parceria estará cercada de dúvidas, mas há quem aposte que o Brasil poderá barganhar um preço ainda melhor pelo avião uma vez que a própria sobrevivência da empresa depende diretamente da confirmação da compra pelo Brasil.

Transferência tecnológica

Já o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), propôs a realização de audiência pública com as presenças do Almirante-de-Esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld, Coordenador Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN) – Programa PROSUB, da Marinha, e o Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi, titular da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Programa FX-2 (Aeronaves de Caça Gripen NG) e Programa KC-390 (Aeronave de Transporte de Pessoal e Carga) da Força Aérea Brasileira para prestar informações sobre a “Transferência de Tecnologia” e “Nacionalização” da Produção de Defesa.

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