Estudo mostra que a maioria dos alemães não apoiaria uma ação militar do país em defesa de parceiros na aliança atlântica. Na Rússia, aumenta a rejeição ao Ocidente.
Segundo o estudo, 39% dos alemães consideram a Rússia a principal responsável pelo conflito na Ucrânia. No entanto, se Moscou entrasse em um “grave conflito militar” com algum país aliado da Otan no leste europeu, apenas 38% dos alemães apoiariam o envio de soldados da Bundeswehr, as Forças Armadas do país.
Considerando os habitantes dos oito países-membros da Otan, 48% dos entrevistados concordariam com uma intervenção militar, enquanto outros 42% entendem que esta seria uma atitude equivocada. Também na França e na Itália, os resultados da pesquisa do instituto americano revelaram que a população é, em grande parte, contra o envolvimento da aliança em um conflito dessas proporções.
Os países em que os entrevistados se manifestaram de modo mais favorável a uma ação militar da Otan foram os Estados Unidos (56%) e a Polônia (48%).
Queda na popularidade
Na Alemanha, apenas 55% da população têm uma visão positiva da Otan. Em 2009, essa parcela era de 73%. No leste do país, a rejeição à entidade é ainda maior: apenas 43% têm uma boa impressão da aliança, enquanto 46% a rechaçam.
A pesquisa revelou também que os dois lados do país discordam quanto ao presidente russo, Vladimir Putin. No oeste, apenas 19% têm uma opinião positiva a seu respeito, enquanto no leste, essa fração foi de 40%.
Por outro lado, na Rússia, aumentou a rejeição à Otan e ao Ocidente. Somente 12% dos entrevistados se manifestaram favoráveis à aliança atlântica, e 31% expressaram opiniões positivas a respeito da União Europeia.
O instituto Pew entrevistou, em maio, mais de 11 mil pessoas nos EUA, Canadá, Alemanha, Espanha, Itália, França, Reino Unido, Polônia, Ucrânia e Rússia.
FONTE: DW