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O projeto, executado pela Lockheed-Martin e pela Boeing Defense, vale US$ 62 bilhões. Não é a única estreia: foram empregadas novas bombas de alta precisão, as SDB, de pequeno diâmetro e baixo peso, desenhadas para percorrer maiores distâncias (até 74 km) em busca do ponto de impacto, e de reduzir danos secundários.
Contrariando o procedimento habitual do Pentágono nesse tipo de situação, as informações do bombardeio foram restritas, pouco detalhadas. Contra prováveis 68 alvos em 3 diferentes regiões e ao longo da madrugada, a Força Aérea lançou supersônicos F-15 E, F-16, F-18, e F-22, além do bombardeiro B-1 Lancer, com capacidade para despejar 34 toneladas de carga de combate sobre múltiplos objetivos.
Também participaram os drones Reaper, versão armada da aeronave remotamente pilotada Predator, de vigilância.
É apenas parte do aparato militar empregado. Dois destroieres da Marinha, navegando no Mar Vermelho, lançaram 47 Tomahawks, mísseis de cruzeiro capazes de levar 450 quilos de alto explosivo a até 1.300 km, com erro máximo de poucos metros.
O F-22 Raptor demorou muito para ser usado em uma operação real. Houve certo cuidado em colocar sob risco as caras e avançadas máquinas de guerra – tão avançadas que a Casa Branca desconsidera a possibilidade de exportá-las, expondo as tecnologias da aeronave. Cada um desses caças é dotado de um sistema de autodestruição, para o caso de ser abatido ou de sofrer um acidente em território hostil.
O que faz do Raptor um produto especial é o conjunto de recursos únicos incorporados ao avião. Ele é da classe Stealth, furtivo à detecção eletrônica. As turbinas, duas, emitem pouco calor. O armamento – mísseis, bombas e um canhão de 20 mm – é acomodado internamente. A velocidade é de 2,4 mil km/h.
Na cabine, o piloto voa cercado por seis telas de alta resolução. O designador de alvos produz imagens holográficas e o radar cobre 193 quilômetros.
FONTE: Estado de São Paulo – Roberto Godoy