Brasil poderia financiar projetos navais pendentes com suas receitas de petróleo

Fragata Type 22 Batch I Rademaker (F 49) prestes a fazer 42 anos em operação

Por Jennifer P. Olivera

Segundo o projeto de Estratégia Nacional de Defesa (END), e na Base Industrial de Defesa (BID), o Brasil tem promovido vários projetos ambiciosos que visam otimizar a eficácia da defesa em três áreas principais: Indústria Aeroespacial, Naval e Terrestre.

No entanto, com a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao Executivo, muitos se perguntam como isso vai continuar, e que recursos serão usados ​​para continuar desenvolvendo e fortalecendo a Defesa, como o programa estipula.



Recentemente, o Brasil foi atingido por uma crise de legitimidade, com um cenário de recessão econômica, onde vários projetos da agenda da Estratégia Nacional sofreram com a incerteza.

No entanto, o novo presidente, deu a entender em suas declarações públicas, que a defesa do país será um item de importância durante a sua presidência, mas para que estes projetos vejam a luz do sol, o Brasil vai fazer um grande esforço econômico. As intenções devem ser acompanhadas de reativação econômica e ótima gestão de recursos. Desde que Bolsonaro ganhou as eleições e assumiu o poder, há uma grande dúvida sobre como ele administrará o orçamento de defesa e como ele distribuirá os recursos disponíveis.

Fragata Niterói (F 40), com quase 44 anos em serviço, deverá dar baixa em breve

Dentro da agenda da Estratégia Nacional de Defesa está o Núcleo do Poder Naval, que visa ampliar e modernizar a capacidade operacional da Marinha do Brasil. Para isso, o país busca adquirir novos navios e melhorar as instalações da Marinha, com os programas PROSUB e Tamandaré, que prevê a aquisição de quatro navios de guerra e a manutenção dos mesmos por oito anos.

Mas este último projeto, em particular, foi atrasado pela conseqüente crise econômica e pela falta de uma decisão política. Várias empresas europeias aguardam a aprovação das licitações, incluindo a companhia francesa Naval Group, a alemã Thyssenkrupp Marine Systems, o estaleiro italiano Fincantieri e o holandês Damen.

No entanto, o ex-presidente, Michel Temer, com o objetivo de impulsionar projetos de defesa, concordou com os fundos do petróleo e usou-o para reviver a indústria da construção naval. Durante seu governo, ele destinou 650 milhões de dólares para a empresa estatal Emgepron administrar o programa de corvetas da classe Tamandaré, que tem um custo total de 1.5 bilhões de dólares.

O presidente eleito deverá continuar com a mesma medida aplicada por Temer e continuar promovendo os projetos em andamento, além de finalizar o processo de licitação das corvetas em março deste ano.

Fontes próximas à Marinha do Brasil, informaram sobre a intenção de aguardar o fim da exposição LAAD Defence & Security 2019, a ser realizada em abril no Rio de Janeiro, onde todas as empresas exibem seus melhores equipamentos, antes de tomarem uma decisão definitiva sobre o programa Tamandaré.

Por outro lado, o PROSUB pretende produzir quatro submarinos convencionais, um deles lançado recentemente, e o primeiro submarino de propulsão nuclear da América do Sul.

FONTE: Zona Militar

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN



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