Brasil mantém plano de ajuda à Venezuela, mesmo com fronteira fechada

Otávio do Rêgo Barros, porta-voz do Palácio do Planalto (Globonews/Reprodução)

Por Denise Chrispim Marin

Porta-voz da Presidência insiste que situação em Pacaraima (RR) é “normal” e se esquiva em reconhecer risco de violência na região

O Palácio do Planalto anunciou nesta sexta-feira, 21, que não recuará em sua decisão de enviar a ajuda humanitária aos venezuelanos no próximo sábado, 23, mesmo com a decisão do regime de Nicolás Maduro de fechar a fronteira de seu país com o Brasil. O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, insistiu que a região de Pacaraima (RR), na divisa, continua normal e que não houve “fricção” com os militares venezuelanos.



“Não houve mudança de comportamento das nossas forças. Deram-se apenas as operações normais da faixa de fronteira”, afirmou Rêgo Barros, ao ser questionado sobre a movimentação de tropas e de blindados venezuelanos, agora concentrados na cidade de Santa Helena do Uairén, a 15 quilômetros de Pacaraima.

Congestionamento de veículos após anúncio de fechamento da fronteira que liga o Brasil e a Venezuela, na região de Pacaraima (RR) – 21/02/2019 (Ricardo Moraes/Reuters)

Segundo o porta-voz, um avião Boing 767 da Força Aérea Brasileira (FAB) embarcou nesta quinta-feira para Brasília carregado com 22,8 toneladas de leite em pó. Na capital, receberá uma carga de 500 kits de primeiros socorros e seguirá para a Base Aérea de Roraima, em Boa Vista. O carregamento será transportado para Pacaraima com segurança da Polícia Rodoviária Federal e da 1ª Brigada de Infantaria de Selva.

A expectativa do governo brasileiro é que o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, envie caminhões com motoristas para Pacaraima para buscar a carga no sábado. Com a fronteira fechada do lado venezuelano, as mercadorias poderão permanecer armazenadas por até três meses.

“O planejamento do governo brasileiro continua com a mesma disposição de ajudar os nossos irmãos venezuelanos”, insistiu, ao ressaltar que a Operação Acolhida, para receber os refugiados venezuelanos, seguirá em funcionamento.

FONTE: Veja



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