Bomba americana ultra-letal liberada para exportação

A BLU-129/B apresenta 1/3 dos efeitos colaterais das Mk-82 e superior letalidade. (Imagem: Lawrence Livermore National Laboratory)
A BLU-129/B apresenta 1/3 dos efeitos colaterais das Mk-82 e superior letalidade. (Imagem: Lawrence Livermore National Laboratory)

Por Ivan Plavetz

Os Estados Unidos planejam exportar uma avançada bomba dotada de carga de tungstênio desenvolvida para causar menor efeito colateral que as antecessoras e, ao mesmo tempo, que apresenta maior letalidade.

A BLU-129/B de 227 Kg foi originalmente produzida pela Aerojet Rocketdyne como uma solução rápida para a guerra do Afeganistão, e com o propósito de reduzir baixas civis empregando-se um invólucro (ou carcaça) de compósito de fibra de carbono, limitando o raio de destruição. O desenvolvimento foi antecedido por um particularmente desastroso ataque aéreo acontecido em 2008 contra um aglomerado de pessoas, provocando baixas entre mulheres e crianças que estavam no mesmo local onde encontravam-se insurgentes do Talibã.

A bomba começou a ser empregada em 2011 e a produção inicial de 800 unidades foi encerrada no inicio deste ano. Agora, a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) diz estar interessada na reativação da fabricação para consumo interno e exportação mediante aprovação do governo do país, com vistas a fornece-las para interessados estrangeiros que já tenham encomendado bombas dotadas de kits de guiamento JDAM (Joint Direct Attack Munition).

Jasmine Porterfield, porta-voz da Direção de Armamento da Força Aérea sediada na Base Aérea de Eglin, na Flórida, disse que a BLU-129/B acumulou histórico de sucesso operacional em múltiplos teatros de operações, apresentando nível de efeitos colaterais baixos para reduzir o fratricídio não-intencional. O invólucro de fibra de carbono da BLU-129/B reduz em um terço os efeitos colaterais com relação às bombas Mk-82, dotadas de invólucro de aço.

FONTE:T&D

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