O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em Washington que “será um desastre para a Rússia” caso decida invadir a Ucrânia e reiterou ameaças de sanções econômicas. Putin “nunca viu sanções como as que prometi que serão impostas se ele se mover em direção à Ucrânia”, disse Biden numa conferência de imprensa que assinala o primeiro ano do seu mandato.
Biden afirmou acreditar que Putin não deseja uma “guerra em grande escala” na Ucrânia, mas avisou o homólogo russo para “pesadas” perdas humanas se optar pela invasão.
Relativamente à adesão da Ucrânia à NATO, Biden considerou que “não é muito provável” no curto prazo. A Rússia tem reiterado que nunca aceitará a integração da Ucrânia na Aliança Atlântica.
Também hoje, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que a Rússia mobilizou quase 100.000 soldados na fronteira com a Ucrânia e que pode duplicar a sua presença militar muito rapidamente. “A Rússia concentrou quase 100.000 soldados na fronteira ucraniana, (um número) que pode duplicar num tempo relativamente curto”, disse Blinken numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo ucraniano, Dmitri Kuleba.
Tropas russas chegaram hoje à Bielorrússia para exercícios militares conjuntos, um sinal “preocupante”, segundo Washington, que denuncia a existência de outras manobras perto da fronteira ucraniana.
Emmanuel Macron propõe novo plano da UE
O presidente francês acredita que a solução passa por negociar com a Rússia mas com um escudo: um novo plano de segurança elaborado pela União Europeia. “Tem de haver uma proposta europeia nas próximas semanas para construir um novo pacto de segurança e estabilidade. Devemos construí-lo entre os europeus antes de compartilhá-lo com os nossos aliados dentro da NATO, e só depois apresentá-lo à Rússia para negociar.”, disse Macron, no parlamento europeu.
Preparar e negociar, é o que também defende o chanceler alemão Olaf Scholz que admite estar conversando com Moscou “sobre o nosso compromisso com a integridade territorial da Ucrânia e sobre um princípio fundamental da ordem de paz europeia comum, e que as fronteiras não devem ser movidas à força”.
Diante dos planos agressivos de Putin, os países da NATO estão atentos e estudam soluções. Na sexta-feira, o Secretário de Estado Antony Blinken tem encontro marcado em Genebra, na Suíça, com Sergey Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.