A notícia foi confirmada pelo Ministério da Defesa, após uma comunicação da Embaixada daquele país. Os russos ficam até meados de janeiro.
Por Gretel Gaffoglio
A Argentina não tem a tecnologia capaz de identificar objetos subaquáticos detectados pelo sonar de navios, por isso precisa do ROV (veículos operados remotamente) para a identificação de pistas. Embora a Marinha dos EUA retire seu navio oceanográfico Atlantis e seu ROV Curv21, a Argentina ainda possui os dois ROVs russos nas buscas.
O Ministério da Defesa diz que está analisando “a possibilidade de alugar um ROV para descer a 1.000 metros”, mas eventualmente, “se a Marinha Argentina detectar alguma pista que facilitaria a volta do ROV a partir dos EUA por via aérea”.
O presidente Maurício Macri estará em visita à Rússia enquanto a frota desse país empreende as buscas no mar argentino. Esta coincidência nos permite especular sobre uma possível negociação entre o presidente Maurício Macri e seu homólogo russo, Vladimir Putin. Mas ainda não há nada para divulgar.
A verdade é que a Argentina precisa de ajuda para encontrar o submarino ARA San Juan. Enquanto isso, o ministro Oscar Aguad se encontra hoje, pela primeira vez, com os três submarinistas nomeados para investigar o que aconteceu com o submarino argentino. O Contra-Almirante (RE) Adolfo Trama, o Contra-almirante (RE) Alejandro Kenny e o capitão (SR) Jorge Bergallo, pai do segundo comandante do ARA San Juan “Jorgito” Bergallo. Já foram instalados nos escritórios, computadores e tudo o que é necessário para poder trabalhar no Ministério da Defesa, a poucos metros do escritório do Ministro Aguad.
Como Clarin confirmou com o porta-voz: “O ministro tem plena confiança nestes três homens, não só por sua adequação em questões relacionadas a submarinos, mas também pela temperamento e racionalidade que mostrou o Capitão Bergallo, antes da tragédia ocorrida com seu filho. “São homens que procuram a verdade longe de qualquer especulação” e que se reportarão diretamente a Juan Manuel Mocoroa, diretor geral de Assuntos Jurídicos do Ministério da Defesa.
Em conversa com Clarín, o presidente do estaleiro Tandanor, Jorge Arosa, disse: “Coloco minhas mãos no fogo pela qualidade dos reparos de meia-vida que foram feitos no estaleiro”. Ele se referiu aos aspectos técnicos do reparo, e não às negociações administrativas que ocorreram.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Clarin