O relatório secreto foi apresentado pelo Inspetor-Geral da Marinha, Guillermo Luis Lezana, em 20 de dezembro de 2016 ao então Chefe do Estado Maior da Marinha Marcelo Srur. Após 5 dias, esse funcionário foi retirado do cargo. Entre outras coisas, o texto apontou para a falta de equipamentos de saúde, primeiros socorros, resgate, comunicação que complicaram a partida do submarino em uma missão.
O relatório aponta as limitações de vida útil de suas baterias, um dos primeiros elementos que se conhecia, e que o material da ARA Santa Cruz foi usado para reparar o submarino desaparecido. “O não cumprimento da manutenção fornecida em doca seca com a freqüência pré-estabelecida para submarinos no serviço do comando de força submarina torna difícil a prepararação”, acrescenta.
Um dos pontos mais importantes tem a ver com os elementos de segurança em caso de acidente. De acordo com o texto secreto, o ARA San Juan “não possui equipamentos de comunicação suficientes para cobrir as necessidades básicas de segurança náutica, segurança no solo e permitir a condução de uma emergência real”.
Há também “deficiências no equipamento operacional” e “entrada de água dentro dos cabos LOOP na sala de rádio”. “Materiais inadequados foram usados durante o reparo da meia-vida e têm limitações com a vida de suas baterias”, diz ele.
De acordo com a informação obtida pela TN Central , o ARA San Juan, após o relatório apresentado, não só voltou, mas fez isso três vezes. O relatório que transcende agora foi escondido do atual ministro da Defesa, Oscar Aguad, de acordo com Nicolás Wiñazki.
O ARA San Juan não tinha um kit de primeiros socorros e as escotilhas estavam em mau estado. Portanto, nesta inspeção assinada pela pessoa encarregada da área, que fiscaliza o estado de todos os barcos, eles dão prioridade “1” à reparação do ARA San Juan porque a vida da tripulação estava em risco.
Em um dos pontos, está estabelecido que “as deficiências encontradas no equipamento operacional do submarino tornam difícil se preparar para cumprir os planos em vigor”. Ele também detalha a mesma situação com o equipamento operacional da Agrupación Buzos Táctico: faltavam miras, não haviam botes suficientes, e não havia capacidade para operar com caiaques desmontáveis.
A situação de saúde dentro do submarino também foi terrível: não havia kit de primeiros socorros ou equipamentos sanitários básicos em condições operacionais. Nem ele teve a certificação das escotilhas para poder mergulhar no oceano sem problemas.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: TN.COM.AR
COLABOROU: Angelo Almeida