Abe reforça alerta com ambições territoriais da China

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O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, reforçou durante pronunciamento aos militares do país no domingo a necessidade de se manter alerta às ambições territoriais de outros países, em uma mensagem velada à China.

“Nós mostraremos nossa determinação como uma nação que a mudança do status quo pela força não será tolerada”, disse, ao acrescentar que a segurança nacional se tornou mais desafiadora.

Abe em nenhum momento se referiu explicitamente à China, mas Pequim tem reivindicado territórios na Ásia, incluindo um conjunto de ilhas controladas pelo Japão no Mar da China Oriental. O discurso foi feito em uma base militar ao norte de Tóquio, durante uma parada com cerca de quatro mil membros das forças armadas do país.

O primeiro-ministro pediu para que as tropas permaneçam alertas e que é necessária uma patrulha para impedir “mudanças no status quo”. O Japão controla as ilhas, que chama de Senkakus, mas navios chineses constantemente entram no território japonês, declarando que as ilhas, que no lado de Pequim recebem o nome de Diaoyu, são chinesas.

A Guarda Costeira do Japão tem lidado com as incursões, mas alguns parlamentares têm defendido a presença das forças armadas, conhecidas como Forças de Autodefesa do Japão. Autoridades do Departamento de Defesa do Japão também analisam a possibilidade de construir novas instalações militares em ilhas próximas, na prefeitura de Okinawa.

Na parada militar de domingo, um regimento ocidental de infantaria das forças armadas participou pela primeira vez do evento. A parada também foi marcada por um veículo de assalto anfíbio usado pela Marinha dos EUA. A tropa de elite das forças armadas japonesas têm treinado com os EUA.

Na sexta-feira, em entrevista ao Wall Street Journal, Abe pediu à China para agir com responsabilidade. A China também está envolvida em disputas por territórios com outros países do sul asiático, como o Vietnã e as Filipinas.

Também na semana passada, a mídia estatal chinesa reportou que a marinha do país iniciou exercícios no Oceano Pacífico com três de suas cinco frotas, o que elevou o alerta por parte de Tóquio.

Fonte:  Estadão – Dow Jones Newswires.

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