A Força Aérea da Índia vai integrar ainda este ano o míssil supersônico BrahMos nos Sukhoi Su-30

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Isto foi confirmado pelo diretor da empresa indo-russa Brahmos Aerospace A. Sivathanui Pillai, que disse, falando ao The New Indian Express, que “dois aviões Su-30MKI serão equipado com estes mísseis”. Seria antecipada, desta maneira, a previsão inicial de incorporação destes caças que, segundo afiançado há alguns meses para defensa.com pelo Dr. Pillai, estaria programada para 2014.

O míssil Brahmos I possui uma velocidade de cruzeiro de Mach 3 e fez o seu primeiro lançamento em junho de 2001. Desde então, foram testados com sucesso até 34 mísseis em voo, atendendo todos os objetivos dos testes, tendo sido o último realizado no mês de fevereiro, quando afundou um barco destinado para sucata a uma distância de 290 km, após a realização de uma sofisticada trajetória em forma de S.

Centenas de mísseis foram testados e incorporados as Forças Armadas indianas, particularmente em navios e submarinos. Desde 2005, este míssil, capaz de transportar 300 kg de armamento convencional, está instalado nos destroyers classe “Rajput” da marinha indiana.

No final de março, um Brahmos na versão lançada por submarinos foi disparado pela primeira vez de uma plataforma submersa na Baía de Bengala, ao largo da costa de Visakhapatnam. O míssil, instalado em um lançador modular, decolou verticalmente com um alcance de 290 km. Seguindo uma trajetória pré-definida, saiu da água e dirigiu-se para o alvo designado, cumprindo todos os objetivos da missão. Todas as estações de telemetria e rastreamento, incluindo os navios de guerra da Marinha indiana, posicionados em seu caminho, confirmaram a sua precisão.

BrahMos Aerospace atualmente desenvolve uma segunda versão do míssil. O Brahmos II será capaz de voo hipersônico, atingindo Mach 5 e, possivelmente, até 7, segundo nos explicou o CEO da companhia. Esta nova versão se encontra em fase experimental, já que é necessário dotá-la de nova tecnologia, especialmente na área de propulsão, uma vez que haverá a necessidade de substituição dos atuais motores ramjet por outros do tipo scramjet, mais aptos para estas condições de voo.

Em termos de eletrônica de navegação, o elevado número de Mach também introduz dificuldades tecnológicas significativas, já que aumenta o nível de vibrações, devido a que as ondas de choque são mais fortes e pelas temperaturas no interior do míssil.

Tanto o Instituto Indiano de Ciências como o Instituto de Aviação de Moscou já estão trabalhando no desenvolvimento das tecnologias necessárias, em um programa onde se espera os primeiros resultados em um prazo de cinco anos.

FONTE: Defensa.com
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DEFESA AÉREA & NAVAL

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