Viking 2018: Maior Exercício Militar de Simulação de Missão de Paz é sediado no Brasil com a participação de 42 países

Brasília (DF) – No dia 16 de abril, uma cerimônia no Teatro Pedro Calmon, no Quartel-General do Exército, marcou a abertura do Exercício Viking 2018. O treinamento ocorre na Capital Federal até o dia 26 e, simultaneamente, em mais cinco países. No total, 2.500 pessoas de 42 países fazem uma simulação virtual de emprego de tropa no contexto de missão de paz, planejada e conduzida pelas Forças Armadas da Suécia, em parceria com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Organização das Nações Unidas (ONU).



Viking é o maior treinamento de simulação em operação de missão de paz do mundo. O Exercício está na sua oitava edição e é organizado pelo Ministério da Defesa da Suécia, sendo realizado a cada quatro anos. Esta é a primeira vez que um país de fora do continente europeu atua como participante e sedia uma das instalações remotas.

Na oportunidade, o Comandante de Operações Terrestres, o General de Exército Paulo Humberto Cesar de Oliveira, destacou a importância do treinamento: “é o maior Exercício do mundo na sua categoria. Primeiramente, a operação tem o significado de alegria e orgulho. Alegria de participar de uma atividade dessa envergadura e orgulho de termos sido convidados a operar o primeiro site: o primeiro ponto remoto do Exercício fora do continente europeu. Somos orgulhosos pioneiros e, como pioneiros, nós vemos, nesse convite, uma demonstração de prestígio e de confiança nas Forças Armadas brasileiras. Um segundo significado desta operação para nós é o aprendizado. Operar com Forças Armadas com elevada experiência internacional e com comprovada competência militar, será, sem dúvida, uma grande oportunidade de aprendizado para nós”.

As boas-vindas aos participantes também foram dadas por meio de vídeos do Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, e do Diretor do Exercício, o Major-General do Exército Sueco Anders Brannstrom.

“Não se trata apenas de troca de conhecimento, mas também de extensão e de ampliação desse conhecimento. Com certeza há pessoas que participam do Exercício que nunca estiveram em uma missão de paz, que não as conhecem, e, por meio da participação nesse tipo de treinamento, têm uma real ideia de como é o trabalho e de como é necessária essa interação”, afirma o participante uruguaio, Coronel Roberto Rico.

O Sítio Brasil será o único a utilizar um sistema de simulação construtiva próprio: o COMBATER, utilizado na aplicação de Jogos de Guerra no adestramento dos Grandes Comandos e Guarnições da Força Terrestre. Somente no Brasil, há a participação de cerca de 200 representantes, dentre participantes e observadores de, aproximadamente, 15 países.

O Exercício

Entre os principais objetivos do Viking estão a promoção da cooperação e da interoperabilidade entre as Forças, as organizações e as instituições nacionais e internacionais; bem como o adestramento do trabalho dos Estados-Maiores. Para a atividade, são realizadas simulações em um cenário de operações de paz com a participação de civis, militares e policiais. São seis sítios remotos do Exercício: Suécia, Brasil, Sérvia, Irlanda, Bulgária e Finlândia.

O Exercício está fundamentado nos princípios, procedimentos, convenções e resoluções adotados pela ONU. O cenário e a situação geral do Viking foram construídos com base em uma situação hipotética de emprego de forças de paz sob a condução da ONU e da OTAN no país fictício de “Bogaland”.

O cargo de Force Commander da área sob jurisdição da ONU é exercido por um oficial-general do Exército Brasileiro, o General de Brigada Francisco Humberto Montenegro Junior, que atua no sítio da Suécia durante o Exercício. O cargo de comandante do setor brasileiro é exercido pelo General de Brigada José Ricardo Vendramin Nunes.

FONTE e FOTOS: EB



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