A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório sobre o aumento significativo de ataques fatais a militares e policiais empregados em missões de paz ao redor do mundo. A equipe responsável pelo documento foi liderada pelo General de Divisão R/1 Carlos Alberto dos Santos Cruz, do Exército Brasileiro, que chefiou as forças militares na Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO) e na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH).
O relatório foi solicitado ao General Santos Cruz pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, após uma recente escalada de mortes de peacekeepers em áreas instáveis da África, como Mali, República Centro Africana e República Democrática do Congo. O General é atualmente Secretário Nacional de Segurança Pública, no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O documento recomenda às Nações Unidas e aos países que contribuem com tropas nas missões de paz a adaptação a uma nova realidade, na qual o capacete azul e a bandeira das Nações Unidas não oferecem mais proteção “natural” aos militares e policiais. Assim, o relatório identificou condutas que podem ser adotadas para reduzir os riscos, como incremento de equipamentos, treinamento e informações de inteligência para as tropas, além de conscientizar todo o pessoal envolvido nas missões de paz sobre esses riscos e sobre as ações necessárias para deter, prevenir e neutralizar ameaças.
Como consequência do relatório, a ONU também desenvolveu um plano de ações para implementar as recomendações. O documento e as novas medidas planejadas pela ONU foram tema de reportagem do jornal The New York Times. O relatório completo está disponibilizado no site das Nações Unidas.
FONTE: EB