Rio de janeiro (RJ) – O último Comandante das tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), General de Divisão Ajax Porto Pinheiro, participou de um encontro no dia 23 de novembro, no Auditório do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC – Rio), localizado no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.
A convite do UNIC – Rio, do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica (IRI/PUC-Rio), do Instituto Igarapé e do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), o General Ajax apresentou balanço dos 13 anos de Operação no Haiti para uma plateia diversificada, formada por acadêmicos, pesquisadores, cônsules, médicos, jornalistas e militares.
Além de contextualizar, historicamente, a situação política e econômica do país caribenho, o General Ajax expôs, com números, a importância da missão e o resultado positivo. Cerca de 37 mil militares brasileiros participaram da MINUSTAH. Considerado o maior desdobramento de tropas no exterior desde a Guerra da Tríplice Aliança, apenas 25 militares não voltaram para casa. O Brasil liderou, do início ao fim, 19 países envolvidos na Missão de Paz da ONU no Haiti, sendo que 11 oficiais-generais passaram pela função de Force Commander.
Um mês depois da desmobilização do contingente brasileiro, o General Ajax destaca o legado conquistado e as lições aprendidas pelas Forças Armadas, principalmente em relação à projeção mundial alcançada pelo poder militar brasileiro e ao aperfeiçoamento no adestramento e no desempenho das tropas.
Durante a apresentação, o General Ajax falou a respeito de sua carreira militar. Ingressou nas fileiras do Exército como cadete em março de 1974 e já atuou como observador militar da Missão de Observação das Nações Unidas em El Salvador, em 1992, e no Grupo de Observação das Nações Unidas na América Central, em 1991. Desde 2015, o General Ajax estava à frente da MINUSTAH como Comandante e já planeja a próxima missão. A Convite das Nações Unidas, o Brasil foi consultado para participar da Operação de Paz na República Centro-Africana. Se o orçamento for aprovado pelo Governo Federal, até março de 2018, 750 militares brasileiros se juntarão a onze mil homens que já se encontram no local.
FONTE: EB