Porto Alegre (RS) – Foi encerrado no último dia 14 o exercício Meridiano-Ibagé, terceira fase do Exercício Conjunto Meridiano, coordenado pelo Ministério da Defesa. Com participação de 5 mil militares, mil viaturas, aviões e helicópteros, o Meridiano-Ibagé foi o maior exercício militar do Brasil em 2021. A primeira fase, denominada Meridiano-Poti, foi conduzida pela Aeronáutica. A segunda fase, Meridiano-Dragão, está sob a coordenação da Marinha do Brasil.
Iniciado no dia 5 de novembro na área do Comando Militar do Sul, o exercício Meridiano-Ibagé ocorre em uma área de mais de 30 mil km2, abrangendo os municípios de Santa Maria, Rosário do Sul, São Gabriel, Cacequi, Caçapava do Sul, Bagé e Santana do Livramento.
O objetivo da Operação Meridiano-Ibagé foi desenvolver a sinergia entre as Forças Armadas nos diversos níveis de comando. A atividade é voltada ao processo de tomada de decisões com o adestramento dos Estados-Maiores, desde o nível Unidade até o Grande Comando, todos desdobrados no terreno.
O Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, acompanhou a operação. Ao lado do Comandante do Exército, General de Exército Paulo Sérgio, e do Comandante Militar do Sul, General de Exército Stumpf, o ministro visitou ainda os postos de comando da 6ª Divisão de Exército e da 3ª Divisão de Exército, com a finalidade de acompanhar a manobra e verificar toda a estrutura de comando e controle do Grande Comando Operacional. O Ministro Braga Netto enfatizou a magnitude dos treinamentos conjuntos. “Essa atividade é uma excelente oportunidade das Forças Armadas brasileiras trabalharem de forma integrada”, disse.
O comandante do Exército também ressaltou a importância da ação. “Estou aqui, praticamente com mais da metade do Alto Comando do Exército, prestigiando essa operação que encerra o ano do adestramento do Ministério da Defesa”, finalizou.
A Operação Meridiano-Ibagé contou ainda com a presença em campo do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército Laerte Souza Santos, e do Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, Almirante de Esquadra Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar, além de oficiais-generais do Alto Comando.
Meridiano-Ibagé
No Campo de Instrução Barão de São Borja (Saicã), próximo ao município de Cacequi, houve ataque aéreo com caças da FAB, transposição de curso d’água e defesa antiaérea protegendo as estruturas montadas pela tropa, como pontes, equipamentos e área de apoio logístico. Na transposição de curso d’água, a bordo de embarcações, militares da Engenharia de Combate montaram uma ponte sobre o rio Santa Maria. Com 124 metros de comprimento, a ponte Ribbon foi usada pela primeira vez nesse tipo de adestramento. Para o Comandante Militar do Sul, General de Exército Valério Stumpf Trindade, o ataque coordenado com a transposição de curso d’água demonstra a capacidade profissional da tropa.
“Vimos a montagem rápida de pontes, o emprego de portadas e o deslocamento da nossa tropa cruzando curso d’água, um obstáculo de grande porte. Isso demonstra a capacidade operacional do CMS e nos dá muito orgulho profissional”, avalia. Cada passo dado no terreno foi acompanhado pelos batalhões de comunicações do Exército. As informações foram enviadas em tempo real para o Centro de Coordenação de Operações (CCOp) no Quartel-General do Comando Militar do Sul. “Temos condições de coordenar e controlar do CCOp tudo o que acontece nessa área, em função dos diversos meios de comando e controle que estão desdobrados no terreno”, explica o Coronel Vladimir Gustavo Maia, Chefe do CCOp/CMS.
Força-Tarefa Blindada
Na região de Rosário do Sul, a Força-Tarefa Blindada foi empregada após um ataque aéreo por caças, seguido de apoio de fogo da Aviação do Exército e da Artilharia de Campanha (com o Obuseiro M-109). A Defesa Antiaérea empregou o blindado Gepard, protegendo a tropa do ataque inimigo. Os blindados Leopard, da Cavalaria, e as viaturas Guarani destruíram os meios do Exército oponente e os Astros 2020 neutralizaram o contra-ataque por meio do lançamento de foguetes.
Em outra parte do terreno, os militares do Batalhão de Ações de Comandos investiram em ações críticas, infiltraram-se no campo oponente e, na simulação, destruíram uma antena de radar, neutralizando meios inimigos e permitindo o avanço da tropa blindada.
Infiltração Aeroterrestre e Aeromóvel
Em outro ponto do campo de instrução, a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) fez infiltração com helicópteros da Aviação do Exército para ocupar um dos objetivos estratégicos da Divisão de Exército em território inimigo. Os militares da Força-Tarefa, ocuparam uma cabeça de ponte, posição provisória em território oponente, possibilitando o avanço da tropa blindada.
CA-Sul
FONTE: EB