Comemora-se hoje, em todos os aquartelamentos do Brasil, o Dia da Infantaria, aniversário do nascimento do Brigadeiro Antônio Sampaio, o “Bravo dos Bravos”, patrono da “Rainha das Armas”.
Com a característica de combater em todo tipo de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, a Infantaria é a base dos exércitos. Sua principal missão é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção, com grande flexibilidade, adaptabilidade e mobilidade táticas.
Arma do “fogo e movimento”, busca cerrar sobre o inimigo, inclusive no combate corpo a corpo, para neutralizá-lo ou destruí-lo. Desde épocas remotas, o soldado de Infantaria representa a principal força combativa dos exércitos. O desenvolvimento científico-tecnológico dos povos, em particular no que concerne às aplicações à arte da guerra, revolucionou técnicas e táticas de combate. Com o advento das armas de fogo ao final da Idade Média, passaram a ser empregadas as linhas contínuas de atiradores e, posteriormente, com o aumento da letalidade dos armamentos e a evolução dos meios de transporte, adaptou-se ao novo arsenal e passou a ser organizada segundo a mobilidade.
Em nosso país, as raízes da Infantaria remontam à Insurreição Pernambucana, no período de 1645 a 1654, episódio no qual nativos da então colônia portuguesa organizaram-se para combater a ocupação do nosso território pelo poderoso inimigo externo holandês, por meio de estratégias de guerrilha, a “Guerra Brasílica”.
Após a independência e durante o período do Brasil Império, a Infantaria desempenhou papel central na manutenção da integridade nacional, pois participou da contenção de revoltas e de rebeliões internas, bem como dos enfrentamentos nos diversos conflitos externos, em particular o da Guerra da Tríplice Aliança, no qual destacou-se, por mérito e bravura, o Brigadeiro Sampaio.
Faleceu a bordo do transporte de guerra Eponina em 6 de julho de 1866, durante o traslado para o hospital brasileiro em Buenos Aires, em decorrência de três graves ferimentos recebidos dias antes, na Batalha de Tuiuti.
Exemplo destacado de bravura, dedicação e liderança, tornou-se, por mérito inconteste, o Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro pelo Decreto nº 51.429, de 13 de março de 1962.
Nas fileiras da “Nobre Infantaria” muitos outros bravos sobressaíram ao longo da história. Entre eles, os heróis Aspirante Francisco Mega e Sargento Max Wolf Filho, que tombaram, imolando suas vidas pelo Brasil durante a Segunda Guerra Mundial, na luta por um mundo livre.
A “Rainha das Armas” no Exército Brasileiro é reconhecida pela versatilidade de emprego e bem utiliza seu poder de combate em operações de Defesa da Pátria, de Garantia da Lei e da Ordem, no patrulhamento das fronteiras, nas Missões de Paz, no combate ao crime organizado ou nas missões de apoio à população em geral, cooperando com diversas agências nacionais.
Leve, de Selva, de Caatinga, de Montanha, Aeromóvel, Paraquedista, Motorizada, Mecanizada ou Blindada, a Infantaria opera em todo o espectro de operações militares, atualizando suas doutrinas, equipamentos e armamentos no contexto nacional e internacional.