Por Luiz Padilha
Com a presença de grandes estaleiros expondo seus novos produtos e “muitos” conceitos, senti a falta de um que não se fez presente. Estou falando do Posco-Daewoo, que recentemente “teria fechado contrato com a Marinha do Brasil”, para construir 2 navios pelo preço de USD 1 bilhão. Isso foi desmentido pela MB e a ausência deste estaleiro na maior e mais importante exposição naval do mercado causou estranheza.
Mas vamos dar espaço para as empresas que se fizeram presentes.
O estaleiro DAMEN trouxe para a exposição seus produtos de maior sucesso e alguns conceitos. Com as vendas das corvetas classe SIGMA 9113 para a Marinha da Indonésia, que optou também pelas aquisição da nova fragata SIGMA 10514, o estaleiro DAMEN mostra capacidade em diversificar sua linha de produtos, atendendo as necessidades de seus clientes.
O DAMEN produz também o Ocean Patrol Vessel da classe Holland e o Stan Patrol 5009 de 500 toneladas, que pode receber uma canhão de 40mm na prôa e que atualmente está em construção no Equador, através de transferência de tecnologia, por um estaleiro local.
Saindo do stand do DAMEN, seguimos pela exposição e próximo ao stand da Ministério da Defesa da França, encontramos um helicóptero NH-90 NFH da Marine Nationale. Esta aeronave opera equipada com um sonar FLASH da Thales, mas nesta exibição ela estava sem ele a bordo, mas estava armada com um torpedo europeu MU90 Impact.
Ao lado da aeronave também haviam os dispensers com as sonobóias ativas e passivas, além de um dispositivo que ao ser lançado na água, permite que a aeronave se comunique com o submarino e um torpedo pesado F21 que irá equipar os nossos submarinos Scorpene.
Ao lado da aeronave, havia um blindado 8X8 Nexter VBCI do exército francês. Uma rápida passada pelo stand da Zodiac e um inflável Hurricane em destaque.
Um dos conceitos mais estranhos que observei, foi apresentado pelo estaleiro Fincantieri, com um mock-up em escala reduzida de uma superestrutura com um design bem estranho, para ser utilizada numa fragata designada pelo estaleiro como Multipurpose Offshore Patrol Ship.
Bem ao lado como na edição anterior estava o stand da MBDA, com seus produtos expostos. Os mísseis Aster 15, 30 e MdCN saindo de lançadores verticais, mais ao fundo o Sea Ceptor (CAAM), escolhido pela Marinha do Brasil para equipar as futuras corvetas classe Tamandaré e o MICA VLS.
Mas não haviam só estes, tinham o novo lançador Simbad RC que é o lançador dos mísseis Mistral, o míssil Brimstone Sea Spear e o míssil Sea Venon/ANL que poderá vir a ser o substituto dos Sea Skua utilizados pelos Super Linx da Marinha do Brasil. Os mísseis anti-navio Exocet MM40 Block 3 e Marte ER também estavam expostos no stand.
No stand da Saab todos os dias foram de movimentação intensa entre o público em geral e os militares, pois a empresa apresentou um novo conceito de mastro integrado com os radares Sea Giraffe 1 (Banda X) e Sea Giraffe 4A (Banda S), trabalhando em conjunto, reduzindo de forma consistente a capacidade do inimigo em “jammear” os sistemas do navio.
Além dos radares, a Saab apresentou também seu sistema integrado de comunicações Tacticall, o novo ROV MuMNS e uma maquete de seu novíssimo submarino A-26 já em construção, que será pauta de matéria à ser publicada aqui no DAN em breve.
Falando em submarino, a Airbus DS Optronics Solution expôs seus periscópios e mastros optrônicos, como o SERO 400 e o SERO 250 que possui unidade de vídeo (VDU), unidade de controle do periscópio (PCU) e uma visão realística do quadro tático. Quatro países já encomendaram o SERO 250 (Colômbia, Peru, Coréia do Sul e Turquia).
CONTINUA……….
Por favor uma matéria sobre o novo LHD da Fincantieri e tbm o novo navio logistico italiano!!!
Mistral RC é bem interessante… pode ser usado não apenas em navios mais também em viaturas, seria uma boa opção para o Brasil adaptar em seus navios e também em algumas viaturas Guarani…
Brimstone Sea Spear também tinha espaço por aqui, seria um belo reforço…
No mais, apenas exercício de imaginação, fazer o que…
É, no papel é bonito, vender, o que vende bem é aquela linha de patrulha menor ali.
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Comenta-se que o OPV 1800 tem boas chances com os Australianos.
Baita cobertura Padilha!
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Será que aquele LST da DAMEN não seria uma opção para cobrir a baixa do Mattoso Maia?
Ou a MB não pretende mais operar LSTs?
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Aquele OPV dispensa comentários. Mas a 2ª geração é mais negócio.
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A respeito do PPA, o bicho é realmente estranho. No final das contas, é uma espécia de fragata de patrulha…
Me parece ir de encontro as propostas das outras marinhas europeias, de ter uma classe secundária, fazendo companhia assim para F-110, FTI e Type-31.
Obrigado. Sozinho e com dores na coluna, fazemos o possível. Como vc pode reparar, muitos conceitos. Perguntava aos expositores sobre os navios, tipo: Qual marinha utiliza? E a resposta era quase sempre: Estamos tentando vender nosso projeto.
Ou seja, tudo o que vc viu ali, a maioria nem existe. Só no papel. rsrsrsrsrs
Mas os sistemas de armas é diferente. A maioria testada e em operação nas marinhas pelo mundo.
O PPA é um pesadelo. Feio de doer. A MB tem outras prioridades no momento e ainda não sei se o Mattoso continua ou não. Vamos aguardar.
Adoro ver essas maquetes de navios, dava pra fazer um ótimo nautimodelo RC! rss
Prezadoeditor, porque voce só comentou as empresas estrangeiras, a industria nacional estava presente e vc não ressaltou nada ….
Prezado leitor.
Se você acompanhar o DAN, verá em http://www.defesaaereanaval.com.br/euronaval-2016-o-dan-esteve-presente/ que o espaço foi dado para as empresas brasileiras sim. Basta ficar mais atento. Abs
porque o video ta privado?
Desculpe. Não está mais.