Nosso Espaço, um programa de divulgação da Administração Espacial Chinesa, revelou que a formação cúbica com a aparência de uma “casa misteriosa”, detectada do outro lado da Lua no mês passado pelo ‘rover’ Yutu-2, é uma rocha, de acordo com uma postagem feita nesta sexta-feira em sua conta no WeChat.
A descoberta do astromóvel, que faz parte da missão de exploração lunar Chang’e 4, causou grande intriga em todo o mundo. Alguns internautas apontaram que poderia ser um “palácio na lua”, enquanto outros disseram que era um “arco triunfal” ou uma “base alienígena”.
Para resolver o mistério o mais rápido possível, cientistas chineses buscaram uma maneira de o Yutu-2 se mover o mais rápido possível na direção do estranho objeto, sempre mantendo a segurança.
O ‘rover’ conseguiu contornar três buracos, cruzar duas crateras de impacto e, finalmente, no dia 27 de dezembro, conseguiu se posicionar a uma distância de cerca de 10 metros da formação cúbica e fotografá-la. Ampliando a imagem e percebendo que era apenas uma pedra, os pesquisadores ficaram desapontados.
A Administração Espacial Chinesa o batizou de “coelho de jade”, em referência a um mito do país asiático, que conta que um animal com essas características vivia em nosso satélite natural e preparava elixires como, por exemplo, o da vida.
Por outro lado, o texto indica que nesta quinta-feira o astromóvel ultrapassou um quilômetro em seus percursos, já que percorreu um total de 1.003,9 metros. Na próxima vez que for colocado em operação, ele se aproximará ainda mais do “coelho de jade” e verá mais de perto a grande cratera de impacto atrás dele.
O Yutu-2 foi lançado em 7 de dezembro de 2018 e entrou na órbita lunar cinco dias depois. Então, em 3 de janeiro de 2019, ele estrelou o primeiro pouso na lua feito do outro lado da lua. Junto com o módulo de pouso Chang’e 4, ele retomou suas atividades um mês depois, em 6 de fevereiro, após hibernar durante o frio intenso da noite lunar.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: RT