Por Luiz Padilha
O CF Taveira Pinto, comandante do submarino NRP Arpão da Marinha de Portugal, recebeu o Defesa Aérea e Naval a bordo para uma visita, nos apresentando o submarino, um IKL-214 no qual entramos pela 1ª vez.
Já dentro do submarino na sala de torpedos vimos um dos tubos com a porta pintada de vermelho e com a inscrição “ATL 2023”. O CF Taveira Pinto explicou que por tradição, quando se cruza a linha do Equador, é pintado de vermelho a “buzina” do submarino, a qual fica pintada por 1 ano, porém, desta vez, com o de acordo da tripulação, foi decidido pintar a porta de um dos tubos de torpedo de forma permanente, para que futuras tripulações saibam do feito do Arpão.
Infelizmente não houve autorização para a realização de imagens a bordo do submarino, por essa razão, o relato acima. O submarino é um pouco parecido por dentro com o nosso IKL-209-1500 Tikuna, não negando sua descendência alemã, mas devido a diferença de idade, o Arpão possui características mais atuais de sistemas e de arranjo interno. Segundo o CF Taveira Pinto, independente da idade do projeto entre os modelos, todo submarino convencional possui alta taxa de discrição, fator de dissuasão para muitas Marinhas.
O Comandante do NRP Arpão
O Capitão de Fragata Filipe Clemente Taveira Pinto especializou-se em navegação submarina em 2005/2006 tendo desempenhado a função de chefe de serviços de operações e comunicações a bordo do submarino NRP Barracuda no período de 2006 à 2008. Entre 2007 e 2010 participou do processo de formação para os novos submarinos da classe Tridente na Alemanha. De 2010 a 2014 fez parte da tripulação do NRP Tridente onde desempenhou as funções de Chefe de Navegação, de Operações, de Comunicações e Relações Públicas.
Assumiu o posto de Imediato no submarino NRP Arpão entre 2014 e 2015. Após diferentes cursos de especialização, o CF Taveira Pinto assumiu o comando do NRP Arpão em 24 de setembro de 2020, e em sua folha de serviço consta a Medalha Militar da Cruz de São Jorge 2ª Classe, e suas 18.000 horas de navegação.
Nota do Editor: Nossos agradecimentos ao Coronel Simões, Adido de Defesa de Portugal na Embaixada em Brasília pelo apoio para a construção desta entrevista.