Por Rodrigo Polito
“Esperamos um 2019 muito parecido com 2018, mas com viés de melhora”, disse o diretor comercial da empresa, Jonathan Dumphreys, após apresentação de uma das unidades do grupo, em sua base em Niterói, na região metropolitana do Rio. A expectativa de crescimento do volume de negócios pode vir dos setores de navios de cargas de projeto (transporte de peças de grande porte para empreendimentos de infraestrutura) e de movimentação de contêineres. Segundo o executivo, outros segmentos, como agronegócio e mineração possuem uma demanda de rebocagem praticamente contínua.
Dumphreys estima que a Wilson Sons Rebocadores tenha realizado cerca de 65 mil manobras portuárias no ano passado. Em 2017, a divisão havia registrado 59.976 manobras. Em 2017, último dado anual disponível, o segmento de rebocagem e agenciamento marítimo do grupo somou receita líquida de US$ 218 milhões (o equivalente a cerca de R$ 810 milhões). O valor representou 52% da receita líquida total do grupo naquele ano, de US$ 496,3 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão).
Com cerca de 50% de fatia de mercado de rebocagem no país, a Wilson Sons possui frota de 76 embarcações do tipo. A mais nova, o WS Sirius, com tração estática de 90 toneladas, propulsão azimutal e um sistema de guincho automático, com tecnologia “render recovery”, proporcionando manobras mais seguras, entrou em operação em novembro de 2018. Outra unidade, do mesmo porte, deve ser concluída em meados deste ano.
As duas embarcações, construídas no estaleiro do grupo, vão operar no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense. A companhia possui contrato de longo prazo com a Prumo Logística, proprietária do Porto do Açu.
Atualmente, a Wilson Sons possui dois rebocadores no Açu, realizando cerca de 20 mil manobras por mês.
FONTE: Valor Econômico
NOTA DO EDITOR: O estaleiro Wilson Sons participa do consórcio Damen/Saab para a construção no Brasil das Corvetas Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil.