Vigilância na fronteira vai preservar soberania nacional, diz Temer em MS

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Por Gabriela Pavão

Presidente em exercício visitou instalações do Sisfron em Dourados. Sistema foi lançado em 2011 e deve receber R$ 12 bi em investimentos.

Depois de conhecer as instalações do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), em Dourados, a 215 quilômetros de Campo Grande, o presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), afirmou que o projeto beneficiará a soberania nacional. Temer é coordenador do Plano Estratégico de Fronteira (PEF), que começou em 2011 para combater ilícitos nas fronteiras

“Acho que a tecnologia está sendo usada exata e precisamente para cada vez mais aumentar a segurança no tocante às fronteiras, vocês sabem que, muito recentemente, várias operações foram realizadas, mas eram operações, movimentações episódicas, Ágata, Sentinela, que deram os melhores resultados. O que está acontecendo é que esse sistema de fronteira é uma operação permanente por todas as fronteiras brasileiras. Isso vai preservar de um lado, naturalmente, o combate à criminalidade, e de outro lado a própria soberania nacional pela proteção das fronteiras. Foi uma viagem, a meu modo de ver, muito produtiva, por estes contatos que eu mantive”, ressaltou.

Após reunião com generais do Exército, o presidente em exercício, Michel Temer, conheceu equipamentos e instalações do Sisfron, montados no pátio da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e disse que teve boas impressões durante a apresentação do Sisfron, feita pelo Exército.

“Melhores possíveis. Na verdade, a primeira sensação é que a segurança das fronteiras e o combate à criminalidade vai aumentado cada dia mais e ao invés de nós termos apenas pessoas físicas cuidando, temos hoje a utilização da tecnologia, que detecta os delitos cometidos com uma rapidez extraordinária, mobilizando também muito rapidamente as pessoas que se encarregam de deter aqueles que estão cometendo delitos. Mas, quero acrescentar um dado, que essa ação cívico-social, que se faz por meio desta operação, pude verificar agora, como verifiquei no passado, são milhares pessoas tiveram pela primeira vez possibilidade de um exame médico, uma consulta médica, e até de exames. São fatores que, digamos, enaltecem o sistema”, afirmou.

Questionado sobre o investimento R$ 12 bilhões que o Sisfron deve receber até 2021 e sobre a garantia de retorno para a população, Temer disse que os benefícios serão além da questão de segurança nas fronteiras.

“Basta verificar a exposição extraordinária que me fizeram e, sobre mais, o fato até demonstrado das vantagens até econômicas que uma implantação de um sistema dessa natureza pode gerar para o Brasil, acrescentando-se o fato de que o material utilizado é material fabricado pela indústria nacional. Portanto, isso significa geração de empregos pelas empresas que vão, estão e continuarão a fabricar esses equipamentos”, avaliou.

Acompanhado de militares do Exército, Temer fez sobrevoo em helicóptero em um ponto de fiscalização e implantação do Sisfron na BR-463, na zona rural de Dourados. Depois, foi para o Aeroporto da cidade, de onde seguiu para Brasília em aeronave da Força Aérea Brasileira.

Sisfron

O projeto-piloto do Sisfron funciona na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados e abrange cerca de 650 quilômetros de fronteiras no estado, que são monitorados por radares fixos e móveis, sensores óticos e câmeras de longo alcance. Mato Grosso do Sul está localizado na fronteira do Brasil o Paraguai e a Bolívia.

O Sisfron também engloba comunicações táticas e estratégicas, e conta com tropas do exército, caminhões, trens, helicópteros e blindados. Segundo o general da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados, Rui Yutaka Matsuda, o monitoramento será feito também por vídeo, através de câmeras, e transmitido em tempo real para o centro de comando. O sistema prevê que podem ser usados também câmeras de longo alcance, satélites e veículos aéreos não tripulados, que podem filmar e tirar fotos.

A prática é inovadora, segundo o general, por focar no reconhecimento, vigilância e coleta de dados na faixa de fronteira, por isso, tem despertado interesse de outros países. O projeto começou em 2011 e a expectativa do Exército Brasileiro é que, em um prazo de 10 anos, o sistema esteja implantado e esteja em funcionamento nos 16,8 mil quilômetros de faixa de fronteira em 11 estados do país.

O investimento previsto para a implantação do Sisfron é de R$ 12 bilhões, segundo informações do Exército. O projeto foi criado a partir do decreto que institui o Plano Estratégico de Fronteiras, de 2011, e é baseado em três eixos: projeto de sensoriamento e apoio à decisão (área de tecnologia), obras e infraestrutura, e projetos de apoio e atuação. Só na área de tecnologia para monitoramento das fronteiras a estimativa é que sejam investidos R$ 5,93 bilhões até 2021.

FONTE:G1

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