A tentativa de desativar nove navios de guerra como medida de corte de custos foi rejeitada pelo Congresso, mas a Marinha dos EUA está decidida a tentar mais uma vez em 2015.
O esforço está refletido em dados enviados pela Marinha para Capitol Hill, em antecipação a uma audiência realizada nessa manhã de quarta-feira relacionada a planos de aquisição para a Marinha e a Força Aérea. As tabelas, preparadas para acompanhar os plano de construção naval pelos próximos 30 anos, foram enviadas ao Congresso esta semana, sem explicação, já que de acordo com fontes da Marinha, o relatório final ainda tem que ser aprovado. As tabelas mostram poucas mudanças relacionadas aos planos de construção naval submetidas ano passado, mas nove navios adicionais aparecem na coluna relacionada a aposentadoria planejada para o ano fiscal de 2015.
Outros navios também estão programados para deixar o serviço em 2015, refletindo os planos anteriores, mas, inesperadamente, dois T-AOE, navios de apoio de combate estão agora na lista de pré-reforma, um em 2014 e outro em 2015. Anteriormente, a primeira aposentadoria para um navio T-AOE não estava programada até 2033.
Com cerca de 49 mil toneladas, a Marinha possui 4 T-AoEs, operados pelo Comando Militar Marítimo, e esses são alguns maiores e mais sofisticados navios de apoio do Mundo, transportando combustível, munições e mantimentos. Os navios possuem alta velocidade o que permite acompanhar os grupos de ataque de porta-aviões em missões no exterior.
O esforço renovado para reduzir o número de cruzadores e navios anfíbios segue um anúncio de Fevereiro 2012, que, como medida de corte de custos, os cruzadores USS Cowpens, USS Anzio, USS Vicksburg e USS Port Royal seriam desativados em 2013, seguidos dos cruzadores USS Gettysburg, USS Chosin, USS Hue City e os navios anfíbios doca USS Whidbey Island e USS Tortuga em 2014.
Todos estão sendo desativados antes do final originalmente programado das suas vidas úteis. A Marinha economizará cortando gastos em operações, cancelando modernizações dos navios e reduzindo a necessidade de cerca de 3.000 marinheiros. Mas o Congresso opôs-se as reduções da força e, no orçamento para 2013 autorizado em 1 de janeiro, está obrigando a Marinha manter os navios em serviço. Mas a Marinha não solicitou fundos operacionais para os navios que quer desativar em 2013, e eles foram colocados em status “operacional, mas não financiado”.
Não está claro a partir dos dados enviados para o Congresso nessa quarta-feira se os sete Cruzadores e os dois Navios-Anfíbios a serem desativados em 2015 são os mesmos navios que a Marinha planejava desativar desdo o início. Mas essas desativações são com certeza um ponto de discórdia em Capitol Hill.
“Se o declínio é uma escolha, este novo plano de construção naval de 30 anos segue o caminho de continuar a lenta e dolorosa queda do poder naval americano”, disse o Rep. Randy Forbes, na terça-feira em um comunicado. Forbes preside o Subcomitê de Poder Marítimo e Projeção de Forças do Comitê das Forças Armados da Câmara, previsto para realizar uma da audiência na manhã dessa quarta-feira.
“Depois de se comprometer inicialmente com uma frota de 313 navios, continua Forbes, este plano deixa a Marinha com apenas 270 [em 2015] isso após a aposentadoria de 31 navios e a aquisição de somente 16 novos durante este tempo. Mais alarmante ainda é que enquanto a nossa frota está encolhendo, estamos aposentando mais navios de combate de grande porte e navios anfíbios e estamos construindo menos navios desse tipo, estamos preenchendo artificialmente essas lacunas com navios de combate e navios de apoio de menor porte.”
“Na próxima década teremos que apoiar mais fortemente o nosso poder marítimo para sustentar nossa estratégia de segurança nacional; priorizando um orçamento para a construção naval que tem que ser uma das nossas primeiras prioridades”, disse Forbes em declaração.
O contra-almirante John Kirby, porta-voz chefe da Marinha, defendeu os esforços da força. “Hoje nós fornecemos ao Congresso tabelas com informações sobre o nosso plano de construção naval para os próximos 30 anos,” disse Kirby em um comunicado. “Acreditamos que as informações contidas nestas tabelas mostram claramente a nossa intenção de modernizar e aumentar a frota para o mínimo exigido de 306 navios. Temos sido abertos e transparentes sobre a necessidade de aposentar os navios mais antigos,” continuou Kirby, “enquanto ao mesmo tempo introduzimos plataformas mais capazes e muito mais novas.”
Tanto o secretário [Ray] Mabus e Almirante [Jonathan] Greenert ” chefe de operações navais “, tem sido claros sobre a necessidade de continuar o nosso sucesso na construção naval. De fato, sob a liderança do Secretário Mabus, a Marinha colocou 43 novos navios sob contrato. Estamos ansiosos para trabalhar com o Congresso para discutir o caminho a seguir “
FONTE: NavyTimes
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
NOTA DO EDITOR: Rumores indicavam que o USS Whidbey Island seria um candidato para a Marinha do Brasil substituir o NDD Rio de Janeiro.