Ministério da Defesa vai orientar o cidadão comum a detectar e saber como agir em caso de suspeita de ataques
Por Wilson Aquino
Profissionais que atuarão no evento, como trabalhadores de redes hoteleiras, funcionários de empresas de ônibus e metrô, guardas municipais, integrantes da administração de pontos turísticos, motoristas de táxi e voluntários do Comitê Organizador Rio 2016 já receberam treinamento com a mesma finalidade. O objetivo é multiplicar a capacidade de reação dos órgãos de segurança. A data do lançamento da campanha não foi definida, mas deve acontecer ainda em junho.
Apesar do pouco tempo que falta para o início dos Jogos, a campanha ainda está em processo de formatação. “Deverá consistir na distribuição de folderes, cartazes e cartilhas, além da disponibilização desse material para os mais diversos órgãos, tais como empresas de transporte urbano, bares, hotéis e outros locais onde haverá circulação de pessoas, devido à realização da Olimpíada”, destaca o comunicado do ministério.
O material será disponibilizado às cidades-sede do futebol (além do Rio, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Manaus) e deverá ser afixado em locais estratégicos. Também está prevista a campanha nas redes sociais, nos perfis dos órgãos envolvidos.
SITE NÃO MUDA ESTRATÉGIA
A descoberta de um site em português do mais violento grupo terrorista do mundo, o Estado Islâmico, não modificou em nada a estratégia das forças de segurança. Na sexta-feira, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, disse que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou a existência desse site, mas que isso não é motivo de preocupação. Cerca de 38 mil militares das Forças Armadas foram preparados para atuar nos Jogos.
Desse total, 20 mil estarão no Rio de Janeiro. Apesar disso, ninguém deve se surpreender se, em meio ao gigantesco aparato de segurança, um cidadão comum atento salvar a pátria.
Opiniões são divergentes
O material vai dar dicas também de como identificar pessoas suspeitas. Gente com roupas, bolsas e mochilas destoantes das circunstâncias e do clima consta na relação. Isso não significa, necessariamente, que todo barbudo usando turbante e túnica é um terrorista, até mesmo porque a Olimpíada vai atrair povos das mais diferentes culturas e costumes.
A iniciativa gerou críticas. “Nossas forças de segurança parece que buscaram conhecimento com os filmes de Hollywood”, avaliou o delegado da Polícia Federal aposentado Antonio Rayol. Para ele, a campanha alimenta paranoias e pode gerar aborrecimentos.
FONTE: O Dia