O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) do Exército Brasileiro é um dos maiores e mais representativos programas desse tipo no mundo, que tem por objetivo ampliar e fortalecer a segurança de 17 mil quilômetros de fronteiras com 11 países, em 10 estados, contribuindo para o combate ao tráfico de drogas, pessoas e armas.
“O Sisfron visa o fortalecimento da capacidade operacional da Força Terrestre da defesa da Pátria, atuando em operações conjuntas com outras agências na faixa de fronteira, além de melhorar a capacidade de monitoramento e controle, com aumento da capacitação tecnológica e da autonomia da base industrial de defesa”, explicou o General de Brigada Sérgio Luiz Goulart Duarte, gerente do programa Sisfron.
Para que a vigilância seja efetiva, o complexo programa exige, dentre outras coisas, a integração de comunicação entre sensores, decisores e atuadores, responsáveis por monitorar todos os processos de segurança nas faixas limítrofes e, para isso, conta com a participação da Saab num consórcio composto por aproximadamente 20 empresas.
“Fornecemos soluções completas para medidas de suporte eletrônico de comunicações, coletando sinais e análises profundas das informações. Oferecemos sistemas para localização de direção geográfica com base na análise de sinais de rádio, desmodulação e decodificação de sinais de rádio, além de fusão de sistemas de informações”, explicou Jörg Breuer, Gerente de Programas para o Brasil e América Latina da Saab Sensor System Germany (S3G).
Para o General de Divisão Carlos Alberto Dahmer, Comandante de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, os sistemas de guerra eletrônica são fundamentais para o Sisfron, que tem em sua essência a entrega de capacidades de sensoriamento aos diversos escalões do Exército Brasil. “O conhecimento produzido, tendo como fonte dados e informações oriundas da Guerra Eletrônica, permite aos decisores determinar, em melhores condições e de maneira mais precisa e oportuna, onde e como será a melhor forma de atuar”, explicou.
Além do fornecimento de sistemas, a Saab proporcionou uma ampla transferência de tecnologia para a indústria nacional. “Além de apresentar uma solução tecnológica diferenciada, a Saab foi a empresa que apresentou o melhor programa de transferência de tecnologia crítica. O desenvolvimento do receptor nacional, batizado de Sentinela, trouxe para o país uma capacidade esperada há muito tempo e colocou o Brasil em um pequeno grupo de países que detém essa tecnologia”, ressaltou o General Dahmer.
Um dos offsets proporcionados pela companhia sueca foi um centro de calibração de antenas, que pode vir a beneficiar as Forças Armadas como um todo. “A existência deste centro de calibração no país consolida independência tecnológica e economia de recursos, pois, antes de sua instalação, a calibração de antenas era feita no exterior, com custo muito maior e em um período de tempo muito mais longo”, finalizou o General Dahmer.