SEA – Capacidades navais preparadas para o futuro

Uma transição para sistemas agnósticos de lançadores de torpedos permitiu maior flexibilidade e poupança de custos a longo prazo às organizações navais, afirma Paul Parsons, Diretor de Desenvolvimento de Negócios na SEA, empresa britânica de engenharia de defesa.

Os sistemas de armamento e outras capacidades militares vinculam frequentemente os clientes – quer estes sejam marinhas ou estaleiros navais – a acordos com os fornecedores que restringem a gama de sistemas compatíveis, muitas vezes como forma de assegurar que o fabricante do sistema seja a única opção de fornecimento para tecnologia complementar. Embora esses acordos permitam aos compradores uma poupança inicial de custos, podem deixá-los com uma solução a longo prazo que se revela dispendiosa relativamente à manutenção, atualização e aquisição de equipamento compatível.



O mercado de lançadores de torpedos constitui um exemplo muito claro desta situação, com vários fabricantes de armas que fornecem lançadores compatíveis apenas com os seus próprios torpedos e não com os fabricados por outras empresas. Este facto reduz a natureza competitiva do mercado e significa que, caso o fornecedor interrompa a linha de fabrico de torpedos, os proprietários de equipamento poderão enfrentar desafios significativos quanto aos recursos e os próprios sistemas de lançadores podem tornar-se obsoletos.

Para além disto, a adoção das últimas armas pode revelar-se problemática na medida em que o torpedo pode não ser compatível com um sistema de lançadores existente. Tal resulta frequentemente em substituições de sistema que exigem muito tempo e implicam orçamentos elevados que podem ser evitados.

Uma transição para sistemas agnósticos

O mercado de lançadores de torpedos alterou-se significativamente com a adoção de sistemas agnósticos e abertos que dotaram as marinhas de uma completa flexibilidade e escolha dos fornecedores, no que diz respeito à manutenção, atualizações e munições.

Os sistemas de lançadores agnósticos oferecem inúmeros benefícios às marinhas de todo o mundo, mas o mais importante é que isso altera a dinâmica do mercado de torpedos, colocando um maior controlo na posse das marinhas. Esta flexibilidade inerente permite que as marinhas escolham o seu fornecedor ou fornecedores para efeitos de munição, manutenção e atualizações de sistema.

Relativamente à munição, ao utilizarem um sistema de lançador modular e agnóstico as marinhas podem deter múltiplos stocks de armas, uma vez que o lançador pode facilmente mudar de um tipo para outro sem ser necessário substituir os tubos ou a consola inteira.

Isto também ajuda a que a capacidade do navio esteja preparada para o futuro, pois se um fabricante interromper o fabrico de um produto o sistema de lançador é compatível com outros no mercado, não afetando nem tornando o sistema obsoleto ou desatualizado. Da mesma forma, pode também ser atualizado e modificado para ser compatível com os últimos torpedos – uma solução rentável em comparação com um reequipamento de sistema.

Qual a composição de um sistema agnóstico?

O design da SEA baseia-se no comprovado Sistema de Lançador de Torpedos Magazine, utilizado pela Royal Navy, e são inúmeras as marinhas em todo o mundo que começam a adotar essa tecnologia, incluindo algumas no sudoeste asiático, atraídas pela eficácia que ela revela sem comprometer no desempenho.

O sistema, inteiramente testado ambientalmente, inclui:

 

O sistema é concebido para cumprir os requisitos de navios de várias dimensões, dos Navios de Patrulha Costeiros aos Porta-Aviões, e fornecido em configurações de tubos fixas ou treináveis, e simples, duplas ou triplas. A flexibilidade do sistema permite-lhe disparar os torpedos americanos Mk 44, Mk 46 e Mk 54, o Sting Ray do Reino Unido, o italiano A244S, o francês MU 90 e o Blue Shark coreano, e pode ser modificado para adaptação a outros torpedos e armas, individualmente.

FONTE: B2B Marketing



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