Satélite de comunicação e defesa brasileiro será lançado em 2016

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Brasília, 11/09/2014 – O Ministério da Defesa e a Telebrás assinaram nesta quinta-feira (11) contrato que autoriza o uso da banda X – voltada à comunicação militar – do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

Com previsão de conclusão para 2016, o novo satélite será o primeiro a ser 100% controlado por instituições brasileiras. Atualmente, os satélites que auxiliam a comunicação do país são controlados por estações de fora.

Quando estiver em órbita, o artefato terá uma banda de uso exclusivo militar, o que vai garantir segurança total nas transmissões de informações estratégicas do país.

“Esse é um momento histórico, em que o Brasil irá comandar seu satélite e usá-lo de forma estratégica”, disse o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, durante a cerimônia de assinatura do contrato.

O general destacou que a novidade trará “vantagem enorme” para operações de proteção do país, como os projetos de implantação do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAz), a cargo da Marinha, e do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), sob execução do Exército Brasileiro.

O projeto de construção e controle do satélite também prevê transferência de tecnologia, o que dará ao Brasil o domínio desse tipo de conhecimento, que poderá ser disseminado nas mais diversas áreas – em especial, no meio da indústria de defesa.

Além disso, a banda ‘Ka’ do satélite facilitará a execução do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), levando comunicação de qualidade às regiões mais afastadas do Brasil, que ainda dependem da construção de rotas de fibra ótica para terem acesso à internet.

“É estratégico para a Telebrás fazer parte desse momento do país, de retomada do controle tecnológico, de operações de um satélite estratégico”, disse o presidente da empresa, Francisco Ziober. “Nós vamos levar cidadania às comunidades mais isoladas, por meio do satélite”, completou.

O investimento da área de Defesa no projeto será de R$ 489 milhões – o que equivale a 22% do custo total do satélite.

FOTO: Jorge Cardoso
Asscom

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