A Saab está se concentrando no desenvolvimento da próxima geração de seu míssil anti-navio RBS15 para o caça Gripen e para as corvetas da classe Visby.
Falando um evento no dia 11 de maio, Michael Hoglund, Diretor de Marketing e Vendas para sistemas de mísseis da Saab, disse que os contratos de março e abril com a FMV (Försvarets Materielverk), cobrem o desenvolvimento e entrega da quarta geração do míssil anti-navio, que é o foco principal da empresa no momento. “O nosso timing é o Gripen E”, disse Hoglund, observando que o cronograma de desenvolvimento do novo caça significa que, é necessário que o míssil inicie o desenvolvimento agora, para que ele possa estar pronto a tempo para a entrada em serviço da aeronave.
As corvetas da classe Visby já empregam a segunda geração do RBS15, assim como as e as versões C/D do Gripen, como os utilizados pela Força Aérea da Tailândia.
A terceira geração foi adquirida para operações a partir da superfície pelas marinhas da Polônia, Alemanha e de um país não revelado, que acredita-se ser Argélia. A Suécia vai partir da segunda para o quarta versão, sob os termos do novo acordo.
Os contratos recentes vão cobrir um período de dez anos, para uma quantidade não revelada de mísseis que serão entregues à Suécia, e que serão operacionais em ambas as plataformas.
A Saab não pode revelar muitos detalhes sobre o desempenho do RBS15, além de dizer que vai se encaixar no mesmo formato que as gerações anteriores. O armamento que vai ser entregue para as duas plataformas, possuem 95% de comunalidade, a principal diferença é um reforço para a variante de superfície.
Hoglund alegou que, embora os detalhes não tenham sido revelados, as discussões com o cliente estão em andamento há algum tempo, para que a empresa tenha um requisito muito específico. “Muitos destes requisitos operacionais dos clientes, que desejamos alcançar, foram estudados por muitos anos”, disse ele. “Nós sabemos exatamente o que é preciso fazer, é bem específico”.
O sistema que compete com o RBS15 é o Joint Strike Missile, da Kongsberg, que foi desenvolvido para o F-35 da Lockheed Martin. Hoglund disse que, embora tecnicamente o RBS15 possa ser integrado no F-35, os requisitos do cliente vão exigir a integração. “O desafio para qualquer fabricante de mísseis é o custo para integrá-lo em diferentes aeronaves”, disse ele. “No caso do F-35, seria interessante, mas isso implicaria em custos de integração”.
Futuros potenciais operadores do Gripen E poderiam se beneficiar do pacote de armas a ser adquirido para a Suécia, que inclui uma gama de empresas que estão envolvidas, tais como a TAURUS, Diehl Defence IRIS-T, MBDA METEOR e o RBS15. Os custos de desenvolvimento e de integração, já estariam cobertos, e os operadores poderiam ganhar com os benefícios de um pacote de armas, pronto e certificado.
A Saab também vê o interesse da Finlândia na família RBS15, para uso em baterias costeiras. O país vizinho também está estudando a aquisição de um novo caça, e no caso do selecionado for o Gripen E, a quarta geração do RBS15 poderia ser uma opção muito interessante, pois vai melhorar o custo x benefício, possibilitando a adquisição de uma maior quantidade para as duas aplicações.
Para os clientes que ora optaram pela terceira geração do RBS15, poderão alterar a sua compra e atualizar para a nova geração, enquanto ela ainda é desenvolvida. Hoglund disse que os dois mísseis serão oferecidos em paralelo por algum tempo, enquanto a quarta geração é desenvolvida e que algumas características da nova versão já serão incorporadas na terceira geração.
FONTE e FOTOS: Monch e Saab
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN