A Rússia continua a com o objetivo de estreitar as relações comerciais com o Brasil e trabalha em três frentes especiais: defesa, nuclear e petróleo e gás. Na área de defesa, ela está participando e apostando em seu projeto revolucionário das corvetas que estão em licitação na Marinha do Brasil. Uma equipe de engenheiros russos vão desembarcar esta semana no Brasil com objetivo de trabalhar cada detalhe da participação neste projeto.
Os russos já vendem modernos helicópteros táticos para o Brasil e para eles parece ser uma questão fundamental trazer o projeto mais avançado de uma Corveta do mundo para a nossa Marinha. Eles estão enxergando o Brasil como um grande mercado de segurança naval, exatamente pela extensão da costa brasileira e a necessidade de se patrulhar toda essa área com eficiência e segurança.
Na área nuclear, a Rosatom já trabalha com as necessidades de implantação de novas usinas nucleares no país. A empresa traz sua experiência usada no mundo inteiro para operar no Brasil, não só na geração nuclear de energia, mas também no setor saúde, com equipamentos especiais que operam com base nuclear.
No segmento de petróleo, sabe-se que há negociações avançadas, principalmente no setor de gás, que é um dos mais proeminentes. A Petrobrás está interessada em aumentar a cooperação com a Rússia no setor de gás. O próprio presidente da Petrobrás, Pedro Parente, já declarou que seria importante uma cooperação entre os dois países e que a estatal considera com firmeza esta possibilidade.
Segundo Parente, a prioridade da petrolífera brasileira seria ampliar a cooperação no setor de gás natural. O gás é uma área estratégica e muito importante para a Petrobrás. A Rússia, por sua vez, tem muita experiência nesse setor, esse poderá ser um player importante nesse mercado.
A própria Gazprom, gigante do gás russo, vai estabelecer uma joint venture com Bolívia que poderá auxiliar no fornecimento de gás natural para países vizinhos. A assinatura do contrato entre a empresa russa e a Bolívia está prevista para este ano. Os principais focos são o Brasil e a Argentina.
O memorando sobre a cooperação nesta área foi assinado em outubro de 2017 pelos diretores da Gazprom International, da Gazprom Marketing and Trading, da YPFB e pelo ministro dos Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Luis Alberto Sanchez.O prazo do acordo com o Brasil dependerá das autoridades brasileiras e do volume de gás que será fornecido pela Bolívia.
FONTE: O Petróleo