Por Virgínia Silveira
O economista Delfim Netto, que orientou o estudo, disse que indústria de defesa é fundamental para garantir a soberania do país, além de ser portadora de inovação e de tecnologia que produzem o desenvolvimento nacional. “Existe uma tendência no governo de deixar essa indústria para segundo plano. O Brasil tem tudo o que os outros querem [petróleo e água] e por isso precisa de uma indústria de defesa capaz de proteger suas riquezas e direitos”, afirmou.
O coordenador da pesquisa, Joaquim Gilhoto, vice-diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), da USP, disse que dos R$ 202 bilhões gerados pelo setor em 2014, R$ 110 bilhões estão relacionados à segurança pública estadual, que respondeu por R$ 46,9 milhões do investido. A segurança privada respondeu por R$ 31 milhões. A defesa nacional contribuiu com R$ 25,2 bilhões e a segurança pública federal com R$ 6,9 bilhões.
As principais indústrias do setor movimentaram R$ 8,1 bilhões, enquanto a indústria dos insumos ligada ao complexo investiu R$ 12,5 bilhões. As atividades de comércio, transporte e serviços movimentaram outros R$ 71,4 bilhões. As indústrias de construção e outros equipamentos de transportes, incluindo veículos militares de combate, embarcações e aviões militares geraram valores de PIB superiores a R$ 1 bilhão no complexo da defesa e segurança.
FONTE: Valor Econômico