Trabalho prepara para soldagem das cavernas com o chapeamento do casco
A ICN (Itaguaí Construções Navais) realizou o processo de usinagem de topo da Subseção 3 da Seção 2A do primeiro submarino (SBR1). O passo seguinte será a soldagem das cavernas com o chapeamento do casco desta subseção para posterior união a outra subseção, a Subseção TR4.
De acordo com Luiz Carlos M. Brandão Jr, Gerente de Produção de Cascos Resistentes de Submarinos da ICN, a usinagem é um processo importante na montagem de uma subseção, pois trata-se de uma etapa de ajuste fino da chapa antes da soldagem. “Depois de retirado o material, caso alguma dimensão não esteja em conformidade com o projeto, a estrutura pode ficar comprometida, a usinagem prepara as subseções para soldagem de união das seções”, esclarece.
A etapa é importante, pois engloba a execução, na prática, da tecnologia absorvida na França, consistindo em mais um avanço recente do PROSUB.
As seções TR4, TR3, TR2 e a TR1 são cônicas e estão localizadas na parte de ré do submarino. “O ‘corpo’ do submarino é em forma cilíndrica; a extremidade de ré vai afunilando, com maior conicidade e menor diâmetro. Por isso o trabalho de usinagem é fundamental para que tudo saia perfeito para a soldagem”, reforça o gerente.
Brandão destaca ainda que a TR3 já está na fase da solda da caverna com chapeamento do casco, já tendo passado pelo processo da usinagem. A TR2 e TR1, ambas mais cônicas ainda que a TR3, estão em fase de fabricação. Todas compõem o primeiro submarino (SBR1).
Curso CIAMA
Devido à complexidade do projeto de construção de submarinos e seu ineditismo no Brasil, os profissionais da ICN participam do Curso de Submarinos para Engenheiros. Ministrado pela Marinha do Brasil, através do CIAMA – Centro de Instrução e Adestramento Almirante Attila Monteiro Aché, da Marinha do Brasil, estão previstas duas turmas, sendo que a primeira teve início em meados de novembro. Ao todo são mais de 140 horas de aulas, aplicadas ao longo de quatro semanas, que compreendem informações teóricas e atividades práticas.
Com o curso, os integrantes da ICN passam a ter uma visão geral da operação de um submarino, a partir do contato com submarinistas, de forma que eles possam compreender como a parte em que eles atuam na sua construção interage com as demais áreas. As aulas são divididas em cinco módulos, compreendendo: manobra; motores, máquinas auxiliares e noções básicas de propulsão nuclear; instalações elétricas; armamento e sensores; e emprego operativo de um submarino.
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