Azeredo Lopes apontou o projeto da construtora aeronáutica brasileira Embraer em Évora como “um caso muito feliz”.
Admitindo que “é uma decisão que vai ter de ser tomada mais cedo ou mais tarde”, Azeredo Lopes realçou que os C-130 “já têm algumas dezenas de anos” e que estão atualmente “num processo de modernização para poderem cumprir os ‘standards’ NATO”. “Calcula-se que (os aviões Hércules C-130 da Força Aérea), com a modernização, independentemente da baixa que vai ter que ser feito de um ou de outro, possam ser utilizados até no máximo por 10 anos”, referiu.
O ministro da Defesa falava à agência Lusa ao final de uma visita às duas fábricas de Évora da construtora aeronáutica brasileira Embraer, nas quais são produzidas peças para o avião KC-390. Questionado pela Lusa sobre se o possível negócio foi abordado na visita de hoje, o governante frisou que “a Embraer teve a grande delicadeza de não perguntar se o Estado português iria comprar o KC-390” e que ele próprio teve “a grande delicadeza de não tocar diretamente no assunto”. “Estamos falando de compromissos que têm de ter um período de muitos anos”, frisou, defendendo que se devem “tomar decisões que não sejam instantâneas”.
Azeredo Lopes apontou o projeto da Embraer em Évora como “um caso muito feliz”, porque “não dependeu de partidos nem deste ou daquele governo”, considerando que representou “um consenso nacional muito importante”.
Portugal está envolvido no projeto do KC-390, através do Centro de Excelência para a Inovação e Indústria (desenvolvimento e testes) e das unidades da Embraer no país: as OGMA, em Alverca, e as fábricas de Évora (construção de componentes).
Assim como outros 30 países, Portugal assinou uma carta de intenção de compra de até seis aeronaves. O KC-390, segundo a Embraer, é um avião que poderá ser usado para o transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento em voo, busca e resgate e combate a incêndios florestais.
FONTE: Correia da Manhã (Portugal)
ADAPTAÇÃO: DAN