Ministro da Defesa falou, em entrevista à Rádio Folha, que o governo apoia a negociação, desde que a empresa de aviação brasileira não perca a soberania
Por Marina Barbosa
“Está havendo uma reestruturação do mercado global. Então, nesse sentido, a parceria entre a Boeing, que trabalha, sobretudo, no nicho das grandes aeronaves e a Embraer, que tem a liderança do mercado regional, é uma boa composição”, declarou o ministro da Defesa, concluindo que ,“se for de interesse das companhias, a associação entre a Boeing e a Embraer é muito bem-vinda”. “O Governo apoia, mas a Embraer não pode perder o controle porque aqui o controle remete a uma questão de soberania nacional”, frisou.
Em entrevista à Rádio Folha, o ministro alegou que “para defender os seus interesses, um país precisa ter base industrial”. Além disso, a fabricante de aviões brasileira também é responsável por uma série de projetos de interesse nacional. “A Embraer é a empresa que desenvolveu o controle espacial do Brasil e o reator nuclear para o submarino de produção nuclear, tem parceria no satélite que acabamos de lançar, desenhou a arquitetura do sistema integrado de monitoramento de fronteias e está no centro do nosso cluster de inovação, tecnologia e conhecimento. Por tudo isso, não pode ficar subordinada à decisão estrangeira”, concluiu, dizendo que nenhum país do mundo vende empresas que têm essa importância.
FONTE: Folha de SP