Por Carleb Larson
A BAE Systems, a empresa por trás do Veículo de Combate Anfíbio do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, acabou de receber autorização para construir mais do novo sistema, de acordo com um comunicado de imprensa da BAE Systems. O Corps concedeu à BAE Systems US$ 184 milhões por 36 Amphibious Combat Vehicle (ACV) adicionais e eleva o número total de veículos de produção full-rate para 72, um negócio que cobre equipamentos de teste e peças sobressalentes.
O novo veículo anfíbio de combate da BAE substitui o veículo anfíbio de assalto do Corpo. A plataforma AAV está em serviço com o Corpo de Fuzileiros Navais por quase meio século, desde o início dos anos 1970. E embora fornecesse uma valiosa capacidade de embarque até a costa, de importância crucial para os Marines, dada sua capacidade anfíbia, desde então crescera muito, necessitando de uma substituição. Ao contrário do AAV, a plataforma ACV, mais recente, passou de um design com esteiras, para um layout com rodas 8 x 8. No entanto, ele mantém a capacidade anfíbia do AAV e possui propulsores duplos de água na parte traseira do casco, bem como uma saída de abertura traseira e escotilha de entrada. Ainda assim, o ACV tem enfrentado críticas tanto de dentro quanto de fora do Corpo de Fuzileiros Navais.
Um dos principais pontos levantados contra o ACV é a velocidade relativamente lenta da nova plataforma na água. Para agravar o problema de velocidade do ACV, está seu alcance na água em comparação com a proliferação de ameaças de mísseis anti-navio, que ultrapassaram significativamente o veículo. O Corpo de Fuzileiros Navais tentou responder a essa e outras críticas em um documento perspicaz de perguntas e respostas, explicando que o ACV em sua forma atual não é o design final do veículo, mas que os ACVs subsequentes incorporarão mudanças de design para melhorias na mobilidade, letalidade, e sobrevivência.
Junto com a variante de veículo de combate padrão que pode transportar 13 fuzileiros navais totalmente armados, o Corpo também utilizou a BAE Systems para fabricar uma variante de comando com recursos C4I (Comando, Controle, Comunicações, Computadores e Inteligência), projetando o aumento de ACVs para guerra eletrônica e capacidades de vigilância e reconhecimento também.
O Corpo também gostaria de ver seus ACVs com poder de fogo superior quando comparados ao AAV, que ostentava uma metralhadora calibre .50, bem como um lançador de granadas automático de 40 mm, ambos alojados em uma pequena torre. Uma opção seria acoplar um canhão de 30 mm ao ACV mais recente, possivelmente em uma configuração semelhante àquela que está sendo explorada para o JLTV. A BAE Systems também relata que o Corpo também tem planos para uma variante de recuperação.
Portanto, apesar das preocupações válidas levantadas sobre a velocidade na água e a capacidade de sobrevivência, a abordagem de melhoria incremental do Corpo irá com toda a probabilidade, resolver essas questões. E, com uma variante armada com um canhão de 30 mm no caminho, não haverá muitas coisas que possam atrapalhar o ACV.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Real Clear Defense