Novo sistema da Atech amplia consciência situacional e aumenta segurança em operações policiais

A Atech, empresa do Grupo Embraer, ampliou a capacidade de seu portfólio de produtos destinado à Defesa, Governo e Segurança Pública com a implementação do Sistema de Gerenciamento de Incidentes, na plataforma Arkhe Governance. O sistema permite executar serviços avançados e de alto valor agregado, garantindo consciência situacional para tomadas de decisões estratégicas.

O sistema viabiliza planejamento, classificação de uma operação (com ou sem risco), alocação de recursos e materiais, definição de rota e pontos de interesse (checkpoints), registro de eventos georreferenciados por mensagem de texto e foto, geração de relatórios, painel com cards e o rastreio das viaturas em tempo real, integrando dados e informações táticas. Além destas capacidades, apresenta um painel de análise com diversos dashboards de informações estatísticas e operacionais.

Ele também atende demandas críticas de Governo e Segurança Pública, em operações que envolvem grande número de agentes e viaturas em deslocamentos simultâneos, várias agências (por exemplo: saúde, defesa civil, bombeiros, entre outros) ou mesmo as operações cotidianas. É um sistema de comando e controle com capacidades e recursos que possibilitam resposta rápida e efetiva a um incidente, sejam de origem natural como eventos meteorológicos, por exemplo; ou de natureza humana, como falha em equipamentos ou ações criminosas.

Como funciona

O Sistema de Gerenciamento de Incidentes foi desenvolvido com base em tecnologias de IoT (Internet das Coisas), georreferenciamento (GIS) e suporte à ambiente em nuvem. É composto por um sistema web (nuvem) e uma aplicação móvel instalada em dispositivos, como smartphones e tablets.

O monitoramento e rastreio, em tempo real, das operações são realizados pelo sistema web, enquanto a aplicação móvel funciona como um coletor de dados e geração de eventos, por meio dos dispositivos conectados aos centros de comando.

Os dispositivos móveis geram informações precisas sobre geolocalização, trajeto percorrido e a percorrer, mudanças de rotas, entre outras, que são apresentadas de forma integrada aos gestores nos centros de comando, em painéis que permitem uma análise completa da operação, inclusive com recursos visuais, como gráficos e mapas, que facilitam o entendimento e viabilizam maior agilidade e assertividade nas tomadas de decisão.

Segurança

O acesso ao sistema de Gerenciamento de Incidentes exige validação dos aparelhos e agentes envolvidos na operação, de acordo com o nível de permissão – o que garante que apenas os supervisores autorizados tenham visão integral da missão em tempo real.

As mensagens são trocadas de forma segura, criptografadas, garantindo a segurança da comunicação entre os agentes em campo e o centro do comando operacional via aplicação instalada nos dispositivos. Ele conta ainda com um mecanismo que veta o compartilhamento de informações com agentes não validados e não permite o armazenamento de dados nos dispositivos móveis utilizados, impedindo vazamento de informações sigilosas em caso de eventual extravio de aparelhos ou ação de hackers e criminosos.

Caso

O Sistema de Gerenciamento de Incidentes foi aplicado com sucesso em uma grande operação montada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, em abril, para a escolta da distribuição da vacina contra Covid-19. As vacinas foram transportadas em caminhões refrigerados, saindo da capital paulista com destino aos centros regionais de saúde no interior do estado. A operação foi coordenada pelo Batalhão de Choque da PMESP.

A distribuição do imunizante demanda planejamento, comunicação eficiente e segura, e rastreamento em tempo real dos meios empregados, em função dos riscos da operação, como roubo da carga, acidentes de trânsito, falhas mecânicas, alagamentos de vias públicas, dentre outros. Esses eventos, além de acarretarem atrasos, poderiam comprometer a qualidade das vacinas no caso de problemas na refrigeração do caminhão, por exemplo.

O sistema garantiu aos gestores da operação na PMESP uma ampla consciência situacional em todas as etapas de sua execução.

“A ferramenta nos permitiu ter consciência do que estava acontecendo. A consciência da realidade que a equipe da missão está enfrentando nos dá uma capacidade maior de decisão, e de deslocamento de apoio no caso de necessidade”, afirma o coordenador operacional PMESP, Coronel Rogério Silva Pedro.

Ele ainda destaca que a solução desenvolvida pela Atech permite registrar dados detalhados sobre a missão e gerar relatórios completos, de forma praticamente automatizada.

“O relatorio sai praticamente de forma automatizada, assim o policial pode se concentrar mais na missão, porque as informações vão sendo produzidas em tempo real. Com esta ferramenta ainda consigo coletar uma série de dados importantes para o planejamento das próximas missões, ou mesmo para posicionar o Comando sobre gastos, quantidade de equipes a serem utilizadas, e até a real necessidade da escolta. Tenho uma vasta quantidade de dados que podem me municiar neste processo decisório”, ressalta o Coronel.

Aplicações

O Sistema de Gerenciamento de Incidentes pode ser empregado em qualquer operação que demande planejamento e monitoramento em tempo real, permitindo, inclusive, que outros sensores sejam agregados, como câmeras de vigilância e drones, por exemplo.

“É modular e expansível em capacidade, volume e serviços. Interessante para ambientes do tipo multiagência, onde o Sistema de Gerenciamento de Incidentes possibilita uma consciência situacional ampla, com a capacidade de rastreio de todos os agentes envolvidos. Todas as agências envolvidas na operação podem ter acesso ao sistema web e acompanhar, em tempo real, a evolução da operação.”, disse Cláudio Trapaga F. Nascimento Filho, Gerente de Negócios da Atech para Governo e Segurança Pública.

Segundo ele, são mínimos os investimentos necessários para implementação do sistema, e basicamente estão concentrados no coletor de dados, onde é instalado o aplicativo móvel.

“O sistema web pode ser instalado em ambiente de nuvem pública e, neste caso, não demanda investimento em hardware específico no datacenter da polícia ou de outra agência. Existe também a possibilidade de instalar o sistema em nuvem privada (polícia ou órgão de governo) ou mesmo on-premises (na sede da polícia). Ele é muito flexível”, explica Claudio.

O Sistema de Gerenciamento de Incidentes também pode ser empregado em outras áreas do setor público ou privado, além da segurança, como saúde, logística, agricultura, meio ambiente, energia, mobilidade, social e resíduos, por exemplo.

Fotos: Cel Rogério Silva Pedro, Coordenador Operacional da PMESP

Crédito: Bob Lira/Divulgação

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