Naval Group – CEO da empresa fala com jornalistas no Rio de Janeiro

Por Luiz Padilha

Na última quinta-feira (13), no escritório do Naval Group em Botafogo, Rio de Janeiro, o CEO da empresa, Sr. Hervé Guillou, concedeu uma rápida entrevista para jornalistas da mídia especializada. Hervé Guillou abriu a entrevista falando sobre o crescimento de encomendas para a indústria naval na área militar, citando que não apenas EUA, França e a Rússia, mas a China, esta última com alto crescimento e ocupando um espaço importante neste segmento, porém, destacou que não se pode esquecer do Japão, Turquia, Coréia do Sul e Índia.



Hervé Guillou antes de falar sobre o PROSUB, enfatizou as parcerias de sucesso que a Naval Group tem obtido com a Malásia, Índia, Egito, Austrália futuramente, e que torce para que a Polônia seja o próximo parceiro da empresa através do programa de submarinos polonês.

PROSUB

O submarino Riachuelo, está 80 por cento concluído neste momento, é o primeiro produto do programa de US$ 8,9 bilhões da Marinha do Brasil, que terá mais três submarinos idênticos entregues até 2023, seguindo o contrato de transferência de tecnologia com o Naval Group.

O Riachuelo seguirá dentro da programação e irá começar os testes de mar no próximo verão. Mas o objetivo maior da Marinha do Brasil só será alcançado depois que o último submarino diesel-elétrico for entregue. O fechamento desta fase do programa será a construção do submarino de propulsão nuclear “Álvaro Alberto”, que terá sua construção iniciada a partir de 2020, o que o CEO do Naval Group, Hervé Guillou chamou de “a última ambição”.

Almirante Max e o desafio da construção do primeiro submarino de propulsão nuclear da MB

O Naval Group está prestando toda a assistência para a construção do submarino nuclear da Marinha do Brasil, menos a parte do reator nuclear que é a parte brasileira do programa.

O editor do DAN perguntou ao Sr Hervé Guillou qual o maior desafio para o Naval Group neste programa, e ele disse “O maior desafio foi treinar e formar a mão de obra especializada para este tipo de construção e encontrar empresas capacitadas para fornecer os equipamentos necessários para se obter o índice de nacionalização que a Marinha queria. O desafio foi superado com folga, e atualmente algumas empresas brasileiras estão aptas a fornecer itens para outros programas do Naval Group”.

“O Brasil é um orgulho imenso para mim”, disse Guillou. Países europeus, mesmo aqueles que gastam dois por cento do PIB em defesa, um objetivo de toda a OTAN, são incapazes de igualar a taxa de crescimento dos gastos militares esperados na América do Sul, disse ele.

Programa de Corvetas Classe Tamandaré

Perguntado sobre a oferta do Consórcio Villegagnon, (Naval Group, Mectron e estaleiro Enseada) para o programa de construção das Corvetas Classe Tamandaré, Hervé Guillou afirmou que o consórcio está totalmente focado para atender as necessidades da Marinha do Brasil, e que estava muito feliz do consórcio estar entre os quatro selecionados na short-list, esperando no caso de vitória, dar continuidade a parceria que o Naval Group já possui com a Marinha no PROSUB.

Hervé Guillou, CEO do Naval Group e Luiz Padilha, Editor do Defesa Aérea & Naval



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