“Como acionistas, ainda não definimos. Estamos discutindo internamente como vamos nos posicionar. Achamos que o conselho está muito bem formado para tomar essa decisão”, diz.
As duas discussões, com o governo e no conselho estão correndo em paralelo. Foi criado um grupo de trabalho, formado por representantes do BNDES, Ministérios da Fazenda e da Defesa, para subsidiar o governo na decisão da Golden Share. “A Golden Share no contexto da Embraer funcionou, está funcionando. O governo está tendo condições de colocar o que considera importante. Pode ser um bom instrumento para o governo preservar determinados direitos”, explica. “Quanto melhor definidas (as premissas que vão embasar a decisão do governo), melhor para todo mundo”, diz.
Questionada sobre a política de desinvestimento do banco, Lustosa diz que hoje não existe participação estratégica. Qualquer ação pode ser vendida. Mesmo no caso dos maus investimentos, onde não se inclui a Embraer, ela trabalha com o conceito de custo afundado. “Quando achamos que não vamos recuperar (o que foi investido), vemos qual o preço que podemos conseguir hoje e vendemos dentro de uma perspectiva de que pode ficar pior. Então, é melhor aplicar em algo diferente”, diz.
Os investimentos são avaliados do ponto de vista do retorno, da governança e da sustentabilidade. “Emprego é considerado nessa vertente de que a sustentabilidade das empresas e a externalidade do que queremos atingir é relevante e, nesse contexto, você vai ter o resultado da empresa. É observado também, mas eu diria que é uma variável que vem dentro desses pilares de sustentabilidade”, completa.
FONTE: Terra
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