Por Aaron Gregg
O Exército dos EUA concedeu à Microsoft um contrato de até US $ 21 bilhões para fones de ouvido de realidade aumentada que deverão ajudar os soldados a mapear o campo de batalha, selecionar alvos e ficar atentos a possíveis ameaças ao sobrepor informações de inteligência diretamente em seu campo de visão.
O Sistema Integrado de Aumento Visual, conhecido como IVAS, faz parte de um conjunto mais amplo de investimentos destinados a tornar os dados de inteligência militar mais úteis para soldados destacados, que devem tomar decisões rapidamente em campos de batalha distantes com base nas informações limitadas disponíveis. Muitos desses dispositivos chamados de “tactical edge” se baseiam em avanços recentes na computação em nuvem que foram desenvolvidos no mundo dos negócios comerciais.
“O programa oferece maior consciência situacional, permitindo o compartilhamento de informações e a tomada de decisões em uma variedade de cenários”, escreveu Alex Kipman, um tecnólogo de realidade aumentada, em uma postagem de blog fornecida por um representante da Microsoft.
O programa pode, em última análise, valer muito menos de US $ 21 bilhões, dependendo de quantos fones de ouvido e tecnologia relacionada os militares eventualmente solicitarem. Ele está sujeito a dois incrementos de cinco anos, o que significa que o Exército poderia interromper o programa se não estiver satisfeito com o produto.
Mesmo assim, o IVAS abre uma nova linha de negócios considerável para a gigante da computação com sede em Redmond, Washington, que está entre várias grandes empresas de tecnologia da Costa Oeste que procuram expandir seus negócios com os militares. Em 2019, a Microsoft venceu sua rival Amazon para ganhar o contrato para o sistema de computação em nuvem central do Departamento de Defesa, conhecido como JEDI. O JEDI foi amarrado em litígios de protesto de licitação desde então.
A Microsoft tem trabalhado para desenvolver IVAS por anos sob um mecanismo de contrato cada vez mais comum denominado Other Transaction Authority. Esses tipos de contratos permitem que agências militares desenvolvam e testem novas tecnologias por meio de um processo de prototipagem colaborativa.
A concessão do contrato emitida na quarta-feira permite que os militares escalem rapidamente esse protótipo para produção em massa sem buscar ofertas concorrentes. Tais arranjos são cada vez mais favorecidos por agências militares que buscam desenvolver e colocar em campo novas tecnologias rapidamente. Eles também contornam muitos dos regulamentos que normalmente se aplicam a grandes compras governamentais e são menos vulneráveis a protestos de licitações.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes/Washington Post