Roma, 14/03/2022 – A Leonardo pretende alcançar a liderança europeia em eletrônica de defesa com um plano de crescimento e desenvolvimento de cinco anos que se baseia, principalmente, nas capacidades da indústria italiana.
A divisão Eletrônica da Leonardo, que conta com cerca de 13.000 funcionários, incluindo 8.500 na Itália, incorpora 18 centros nacionais italianos de excelência tecnológica. Eles projetam, desenvolvem, produzem e oferecem suporte a sistemas de radar, tecnologia avançada de sensores e sistemas de proteção e defesa para plataformas aeronáuticas, espaciais, terrestres e navais. Em seu novo plano quinquenal, a Leonardo pretende alcançar um crescimento significativo como resultado de maior competitividade, com melhorias nas linhas de produção, logística e cadeias de suprimentos. Haverá um forte foco na inovação de produtos, apoiado pela unificação da rede de inovação aberta da empresa, incluindo acordos público-privados com universidades, centros de pesquisa e instituições técnicas e industriais estatais italianas.
O plano prevê que a Leonardo invista 200 milhões de euros na indústria italiana a cada ano (um total de 300 milhões de euros por ano ao incluir a divisão no Reino Unido), mais 50 milhões de euros adicionais serão usados para otimizar as plantas da Leonardo na Itália em cada um dos primeiros três anos do plano. Esse investimento será usado para criar centros de tecnologia especializada com forte ênfase em inovação, produção digital e sustentabilidade, bem como logística otimizada, processos de produção e cadeias de suprimentos.
A chave para otimizar a produção será o modelo de fábrica inteligente chamado de “Fábrica do Futuro”, que já está sendo desenvolvido no Reino Unido. Ao incorporar sistemas de Indústria 4.0 e Manufatura Digital, incluindo robótica e novos sistemas de TI, a Leonardo garantirá uma produção mais eficiente e sustentável. A empresa também estabelecerá uma nova organização mais integrada combinando funções de engenharia e produção, com investimento direcionado em ferramentas e sistemas de TI para permitir maior rastreabilidade dos fluxos de produção, automação de processos e plantas de produção.
A Leonardo também aumentará sua força de trabalho de engenharia e fabricação e otimizará suas cadeias de suprimentos. A empresa vai criar um hub logístico centralizado em Pomezia, perto de Roma, na Itália, que permitirá melhorias significativas no desempenho operacional, eficiência e garantia de qualidade.
As iniciativas já realizadas incluem a automação da linha de produção de painéis solares espaciais da Leonardo em sua fábrica em Nerviano, em Milão, e a aplicação de sistemas de manutenção preditiva com controle automatizado em todas as instalações de produção em sua unidade em Cisterna di Latina, perto de Roma.
Além dos recursos que a Leonardo está alocando em suas instalações e produtos, o crescimento também será impulsionado pela aplicação de novas tecnologias como parte dos planos de inovação aberta da empresa. Isso envolve a criação de sistemas tecnológicos em diferentes regiões e o fortalecimento da colaboração da Leonardo com universidades, centros de treinamento técnico e de pesquisa. Mais de 20 universidades e centros de pesquisa e nove instituições técnicas e industriais estatais italianas estarão envolvidas em toda a Itália, aumentando o know-how e o valor agregado em cada região. A colaboração com os setores científicos e acadêmicos permitirá que a Leonardo aplique mais novos processos, ideias e módulos de treinamento para atingir os objetivos de suas funções de engenharia e produção. A empresa também prevê cooperação em tecnologias de interesse estratégico.
O desenvolvimento da função de produção de Leonardo significará que os 18 centros italianos de tecnologia avançada da empresa poderão gerenciar seu portfólio de tecnologia em toda a cadeia de criação de valor, desde o desenvolvimento até a produção e suporte pós-venda.
O site da Leonardo no distrito de Tiburtina em Roma (que inclui a Vitrociset, o antigo fabricante de sistemas de proteção, comando e controle, adquirido pela Leonardo em 2019) se tornará o centro especializado da empresa para o desenvolvimento e suporte de sistemas de comando e controle e sistemas de controle de radares navais, terrestres e de tráfego aéreo, bem como seu centro de produção para tecnologia avançada de micro-ondas.
A instalação de produção da empresa em Cisterna di Latina, perto de Roma, se tornará seu principal local para o desenvolvimento e produção de sistemas de comunicação e computadores aviônicos, incluindo suporte ao cliente relacionado.
Já as instalações de Tiburtina e Cisterna di Latina assumirão todas as operações atualmente realizadas nas plantas da Leonardo em Pomezia, nos arredores de Roma. O local também abrigará todas as operações atualmente realizadas em Carsoli, no centro da Itália.
O site da Leonardo em Fusaro, Nápoles, se tornará o centro da empresa para a produção e suporte de sistemas de radar, incluindo as placas de circuito impresso de microeletrônica que são atualmente produzidas e instaladas em Giugliano, nos arredores de Nápoles. Ao combinar essas linhas de produção complementares, a Leonardo poderá otimizar a fabricação do sistema de radar e melhorar seu nível de atendimento ao cliente.
O site da empresa na Via Puccini, perto de Gênova, expandirá suas operações para incluir comunicações terrestres e navais, sistemas de navegação e links de dados, integrando as operações atualmente realizadas naquele instalado em Via Hermada, Gênova.
As outras unidades da divisão italiana de Eletrônicos da Leonardo (Abbadia San Salvatore, Brescia, Campi Bisenzio, Caselle, Catania, Montevarchi, La Spezia, L’Aquila, Livorno, Nerviano, Ronchi dei Legionari, Palermo, Pozzuoli) continuarão a se concentrar em suas respectivas operações especializadas.
As operações na planta da divisão de Eletrônicos da empresa, com sede em Pisa, que realiza a produção de software especializado, serão integradas às instalações da divisão de Helicópteros da empresa, com sede em Pisa. Já o site da divisão de Aeronaves da Leonardo em Grottaglie, perto de Taranto, no sul da Itália, também deve incorporar o trabalho experimental da empresa em sistemas de comando e controle para navios, atualmente realizado em em Taranto.