HENSOLDT entrega a mais recente tecnologia IFF para as forças sul-coreanas

Taufkirchen/Alemanha, 18 de fevereiro de 2022 – A empresa especialista em soluções de sensores HENSOLDT trará seus recursos de tecnologia de última geração em Identificação IFF (Identification Friend or Foe) para o próximo programa de modernização do IFF das forças armadas sul-coreanas. A HENSOLDT foi premiada pela principal empresa de defesa sul-coreana LIG Nex1 com dois contratos no valor de aproximadamente € 10 milhões para entregar 20 radares secundários MSSR 2000 ID, incluindo equipamentos de teste e serviços relacionados. Os sistemas IFF serão integrados a vários radares de vigilância costeira e vigilância aérea para melhorar sua capacidade de distinguir forças hostis de amigas.

Os sistemas IFF, os chamados radares de vigilância secundários (SSR), identificam com precisão as aeronaves enviando automaticamente sinais de interrogação que são respondidos pelos chamados transponders a bordo de aeronaves amigáveis. Assim, o IFF permite aos comandantes de campo distinguir rapidamente as forças amigas das hostis e ajuda a evitar incidentes de fogo amigo. Ao contrário do Modo 4 usado até agora, o Modo 5 emprega técnicas de criptografia sofisticadas para evitar a manipulação hostil do sinal, garantindo assim que o processo de identificação seja absolutamente confiável e seguro. O “Modo 5” está em processo de introdução em todos os exércitos ocidentais como pré-condição das operações conjuntas dos EUA/OTAN e forças aliadas.

A HENSOLDT é especialista no IFF Modo 5. Está sob contrato para atualizar os sistemas IFF das forças armadas alemãs, francesas e britânicas para o padrão “Modo 5” e forneceu sistemas IFF, incluindo dispositivos de criptografia, para aplicações terrestres e navais de várias nações da OTAN. Entre outros, o equipamento da empresa é implantado em todos os navios da Marinha Alemã, bem como em vários navios da Marinha Real do Reino Unido. No total, a HENSOLDT tem mais de 500 sistemas IFF sob contrato em 42 países.

IFF modo 5 – Tecnologia para o presente e o futuro das forças militares da OTAN

Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, os engenheiros descobriram que podiam detectar aeronaves a mais de cem milhas por comprimentos de onda de rádio, que chamaram de RADAR (Radio Detection And Ranging).

Naqueles anos os radares detectavam a presença de aeronaves, mas não havia capacidade de distinguir se eram amigos ou inimigos. Por esse motivo, apesar de possuir radares localizados no Havaí e de ter detectado a presença de aeronaves se aproximando da base, não foi possível saber exatamente quais aeronaves vinham. O sinal de alarme foi ignorado ja que os responsaveis pensaram que seriam alguns B-17 voltando da Califórnia. Você já sabe o que aconteceu em seguida: naquele dia, 7 de dezembro de 1941, houve o ataque surpresa das forças aéreas japonesas a Pearl Harbor.

Este evento fica para a história e obriga esta tecnologia a também se adaptar e melhorar. Hoje, graças aos sistemas IFF (Identification Friend or Foe), que são usados ​​para complementar os radares, somos capazes de identificar se são amigos ou inimigos, mas também saber informações sobre a distância e a direção da aeronave entre outras.

O Sistema IFF e sua evolução

O primeiro sistema IFF foi lançado na Alemanha em 1940 e, graças à captura de alguns dos seus aviões, os ingleses e mais tarde os americanos desenvolveram diferentes sistemas de identificação (Mark I, II, III…) que continuaram a ser aperfeiçoados.

Basicamente, um sistema IFF requer um interrogador (um radar secundário, também chamado de SSR) que codifica as mensagens na forma de pulsos modulados (chamados de interrogações) que são identificados e decodificados (somente se forem “amigáveis”) pelos equipamentos a bordo a aeronave e responde automaticamente com as informações solicitadas, os chamados transponders (Transmitter & Receiver).

Os radares secundários emitem as interrogações em diferentes modos que geralmente consistem em pulsos (principalmente dois pulsos) separados por um certo tempo de acordo com o modo. Os modos 1, 2 e 3 têm sido usados ​​desde que o sistema chamado IFF Mark X foi desenvolvido na década de 1940 com pulsos de código constantes separados por 3, 5 e 8 microssegundos, respectivamente:

* O modo 1 tem uso militar e serve para identificar o tipo de aeronave e sua missão.

* O modo 2 também tem uso militar e é usado para identificar especificamente cada aeronave transmitindo seu número de cauda.

* O modo 3/A é um modo padrão internacional para controle de tráfego civil e militar, implementado em conjunto como modo C (informação barométrica) para uso civil.

Já na década de 1960, desenvolveu um modo de uso militar criptografado com interrogatórios mais completos e informações de altitude. Estamos falando do sistema Mark XII Mode 4, usado pelos países da OTAN.

Dado que os formatos de entrada para tráfego civil aumentaram consideravelmente, na década de 80 começou a ser introduzido um novo modo S que difere de todos os anteriores, neste as interrogações são feitas em múltiplos e seletivamente, digite como receber respostas de todos os transponders que estão dentro do alcance da antena podem ser sobrepostos e perdidos.

Criação e Adoção do Modo 5

No ano de 1995, começaram a desenvolver um novo modo equivalente ao modo S para substituir o IFF Mark XII 4 que era o padrão militar da época. Em 2002, a OTAN adotou este novo Mark XIIA (Modo 5) como padrão para os membros da OTAN, com um STANAG (Acordo de Normalização), tornando este modo 5 o futuro para seus membros.

Este modo 5 consiste em uma nova forma de onda que utiliza técnicas de criptografia, codificação e modulação avançada que supera a entrega e as limitações em aspectos de segurança que o modo 4 apresenta. Além disso, é capaz de fornecer uma forma segura de posição GPS e outros dados.

Se você apoia as forças militares da OTAN, precisa ser identificável com um transponder de identificação de amigo ou inimigo do modo 5. A Agência de Segurança Nacional, o Estado-Maior Conjunto e a OTAN exigiram a mudança para o Modo 5 até 1º de julho de 2020.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: HENSOLDT/actualidadaeroespacial

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