As Forças Armadas vão ser empregadas em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos prédios da Esplanada dos Ministérios e palácios do governo federal. Serão 1,3 mil militares do Exército e 200 fuzileiros navais. A decisão do emprego militar foi feita por decreto do presidente da República, Michel Temer, após os atos de vandalismos contra os prédios da Esplanada.
“Essa manifestação era vista como pacífica. Ela degringolou para a violência, no vandalismo, o desrespeito, na agressão ao patrimônio público, na ameaça às pessoas, muitas delas servidores público que estamos assegurando a evacuação, o senhor presidente da República decretou a ação de Garantia da Lei e da Ordem. Neste instante já se encontram aqui neste palácio, no Itamaraty e logo mais estarão chegando tropas para que os prédios estejam seguros”, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, em pronunciamento no Palácio do Planalto, ladeado pelo ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen.
E prosseguiu Jungmann: “É inaceitável a baderna. É Inaceitável o descontrole e ele não permitirá que atos como esse venha a turbar o processo que se desenvolve e com respeito às instituições .”
Num primeiro momento as tropas das Forças Armadas passaram a ocupar o Palácio do Planalto, o Palácio do Itamaraty, o Ministério da Defesa e os Comandos da Marinha e da Aeronáutica. O decreto assinado pelo presidente Temer tem prazo até o dia 31 de maio e é exclusivo para os prédios públicos. Quaisquer atos de vandalismo, por exemplo, que ocorram no gramado da Esplanada dos Ministérios, a ação será da Polícia Militar do Distrito Federal e demais órgãos de segurança pública do DF.
Jungmann explicou que o uso da GLO não é uma novidade. Este instrumento é assegurado na Lei Complementar nº 97 de 1999 e pelo artigo 142 da Constituição Federal. De lá para cá, por exemplo, já ocorreram o emprego das Forças Armadas na Rio+20, na Jornada Mundial da Juventude, na Copa do Mundo, nos Jogos Olímpicos Rio 2016, e mais recentemente nas varreduras aos prédios, durante o aquartelamento de Policiais Militares do Espírito Santo e na crise de segurança no Rio de Janeiro, no começo de 2017.
FONTE e FOTO: MD