O DAN separou o trecho desta entrevista onde foi abordado o assunto Defesa.
-A questão da espionagem teve muito impacto em várias áreas: energia, defesa, comunicação, tecnologia da informação e o acordo de Previdência. Está tudo parado?
-Não, mas diálogos de alto nível foram afetados. Seria difícil trazer uma autoridade logo após o cancelamento da visita da presidente. Não havia clima. Mas os grupos de trabalho técnicos continuam.
-E os caças?
-Evidentemente, queremos vender, e eu disse para o ministro [Celso] Amorim [Defesa] que não há dúvida de que consideramos a proposta da Boeing a melhor de todas. Mas é importante trabalhar a relação e há muito mais o que conversar na área de defesa.
-Havia a expectativa real de que, se Dilma fosse aos EUA em outubro, ela anunciaria lá a opção pela Boeing?
-Sim, havia.
-Invertendo o jogo, não preocupa os EUA estarem perdendo espaço para a França e até para a Rússia na área de defesa justamente no Brasil?
-Estamos convencidos de que temos a melhor tecnologia em certos nichos. Cada país tem sua soberania para decidir o que quer, mas o que é melhor é melhor.
FONTE: Folha de São Paulo