Fabricante brasileira, que em 2010 nem aparecia no ranking das cem maiores, faturou US$ 1,2 bi em 2013
Em 2010, a companhia sequer fazia parte da lista das cem maiores. O primeiro registro da Embraer como uma das maiores do mundo no setor militar foi em 2011, quando a empresa apareceu na 86ª colocação no ranking, com vendas de US$ 860 milhões. No ano passado, a empresa brasileira registrou vendas de US$ 1,2 bilhão na área militar.
A fabricante conseguiu registrar expansão de 50% em dois anos, mesmo em um dos momentos mais críticos para o setor de defesa. Em 2013, as vendas do setor caíram 2% e, no ano anterior, 3,9%. A decisão do governo Barack Obama de se retirar do Afeganistão e do Iraque afetou o setor.
Em 2011, um total de 42 empresas americanas estavam entre as cem maiores do mundo; em 2013, o número caiu a 38. “Isso é consequência de uma queda de investimentos das empresas americanas”, disse Aude Fleurant, pesquisadora do instituto sueco.
Ainda assim, a liderança mundial continua com a Lockheed Martin, dos EUA, com vendas de US$ 35,4 bilhões. A Boeing vem em segundo lugar, com vendas de US$ 30 bilhões. Das dez maiores empresas,seis são americanas.
Emergentes
Já as empresas de países emergentes continuam a ver um incremento em suas vendas. As companhias desses países já representam 15,5% do comércio mundial de armas. E a taxa de expansão está surpreendendo.
Em 2013, as vendas da Korea Aerospace Industries, da Coreia do Sul, aumentaram em 31%, assim como as da turca Aselsan. Mas quem mais está se beneficiando desse novo desenho internacional é o setor militar russo.
As empresas ligadas ao Kremlin tiveram amaior expansão do mundo em 2013, com alta de 118% nas vendas para aTactical Missiles Corporation, 34% de aumento para a Almaz- Antey e de 20% para a United Aircraft Corporation.
Pela primeira vez, em 2013, dez empresas russas fazem parte das cem maiores do setor militar mundial. “Esse aumento de vendas de empresas russas em 2012 e 2013 é resultado de um incremento sem interrupções de compras do governo de Moscou”, indicou Siemon Wezeman, pesquisador do grupo.
FONTE: Estadão por Jamil Chade