Por João José Oliveira Valor
A empresa confirmou que a Fastjet, aérea de baixo custo fundada em 2012, está buscando aviões Embraer E-190 no mercado de aeronaves usados. “Mesmo sendo produtos da Embraer, a negociação não envolve diretamente a Embraer” disse a companhia em nota. “Mas obviamente, seria mais um operador da família de E-Jets”, apontou.
Em entrevista à Bloomberg News, o presidente da Fastjet, Nico Bezuidenhou, afirmou que vai encerrar o leasing de três aviões Airbus A319, com até 145 lugares, para arrendar três modelos da Embraer E-190, com até 120 assentos. A Fastjet tem uma frota de seis aeronaves, todos A319, atendendo destinos na África do Sul, Tanzânia, Zâmbia, Uganda, Zimbababwe e Kênia.
A Embraer não quis comentar informação publicada pela revista “Veja” segundo a qual a companhia está perto de fechar a venda de mais dez aviões E-190 para a companhia aérea Royal Air Maroc. Mas em nota lembrou que empresa marroquina já é um integrante da família de E-Jets, operando atualmente quatro jatos E190.
Royal Air Maroc possui 43 aeronaves que operam na rede doméstica do Marrocos, em voos internacionais regulares pela África, Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul, e voos charter ocasionais.
Há 14 companhias aéreas na África que utilizam jatos comerciais da Embraer. Segundo último estudo de projeções de demanda para o longo prazo, a Embraer estima que a África junto com a Europa vão demandar até 2025 2,1 mil novos jatos regionais — segmento em que atua a Embraer —, gerando compras de US$ 64 bilhões, ou 25% do total estimada no mundo, de 9,1 mil aviões ou US$ 259 bilhões de compras.
FONTE: Valor Econômico